A complexidade dos relacionamentos

Quanto mais estudo sobre o comportamento humano, mais me convenço de que o ser humano possui uma complexidade fantástica, pois as pessoas em termos de personalidade são simplesmente únicas.

De outra forma, temos pessoas de todas as personalidades possíveis, isso sem falar das patologias mais conhecidas como psicopatia, psicose, esquizofrenia, etc.

Em função disso, hoje em dia, precisamos ter muita flexibilidade e, também, resiliência, se quisermos nos relacionar bem com as pessoas. Logicamente, isso não é fácil, pois existem pessoas, que todos nós conhecemos, que são extremamente complicadas em todos os sentidos (risos).

Muitas pessoas convivem com emoções muito negativas como a inveja, a vingança, o despeito, a hipocrisia, baixa autoestima, etc.

Por isso, sempre que estou em conflito ou me desentendo com alguém, procuro, também, analisar o meu comportamento para chegar à alguma conclusão isenta, sobre o que está acontecendo.

Na realidade, procuro refletir internamente sobre o meu comportamento, minhas atitudes e minha postura, pois sei que não sou perfeito e sempre, se for o caso, posso mudar meu comportamento para ser um melhor ser humano em todos os sentidos.

Aliás, quando estou incomodado com alguma pessoa, procuro me colocar no lugar dela (na sua posição); isso me ajuda a entender, um pouco melhor, a situação e o seu comportamento. Fazendo esse exercício de empatia, quase sempre chego à conclusão de que não deve ser fácil conviver com aquelas frustrações, desilusões e decepções, ou seja, consigo entender melhor essa pessoa. Isso também me ajuda a seguir em frente, não pensando muito no acontecido.

Uma das grandes fontes de infelicidade é o fato que muitas pessoas gostariam de ser uma pessoa que, efetivamente, não o são e isso causa um grande sofrimento psíquico em todos os sentidos.

Como consequência disso, algumas pessoas se sentem muito “ofendidas” com o nosso “estilo de vida” ou com a nossa “maneira de ser”.

Chego à conclusão de que muitas pessoas, infelizmente, não aceitam o sucesso de outras pessoas ou invejam muito as suas realizações, por isso, não perdem a chance de tentar, de todas as formas, detratar as conquistas alheias.

Talvez, pelo fato de existirem poucas pessoas realmente realizadas na vida (felizes), essas pessoas, no fundo, se sentem muito “incomodadas” com o sucesso alheio.

O fato é que cada pessoa é diferente. Temos talentos diferentes e a vida não é uma competição insana para mim. Precisamos ter em mente que estamos em busca de nossa felicidade e que todos nós temos direito de sermos felizes. Como dizem aqueles velhos ditados: “Todos temos direito a um lugar ao sol”e “O sol é para todos”!

Acredito, também, que o grande teste de uma amizade é saber a verdadeira reação da pessoa, quando estamos realizados e felizes ou conquistamos algo, e não, quando estamos numa pior. Se a pessoa verdadeiramente se alegra com a nossa felicidade, estamos na presença de um amigo para todas as horas, com certeza, eu diria. Para um amigo de verdade (fiel), as nossas conquistas são as suas conquistas, pois ele se sente participante da mesma.

Porém, muitas pessoas estão mais preocupadas com a nossa vida do que com a sua própria e isso, me parece, um traço congênito de toda pessoa infeliz.

E todos nós sabemos que existem muitas pessoas infelizes nesse mundo, embora, poucas tenham a verdadeira coragem de admitir.

Em função disso, toda a pessoa feliz e realizada deve tomar muito cuidado, pois somente esse sentimento (felicidade), provavelmente, despertará muita inveja, despeito e ciúme, por parte dos infelizes de plantão.

Acima de tudo, eu penso que não podemos deixar de lutar por aquilo que nos realiza e nos faz feliz, já que a vida passa muito rápido, para nos preocuparmos com as pessoas, que nunca quiseram realmente a nossa felicidade.

José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite