A corredora de Maceió
- José Tejada
- 15 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Penso que eu sempre demonstrei, pelo menos, muito esforço (dedicação) em batalhar pelo o que eu queria em minha vida, ou seja, os meus maiores objetivos pessoais e profissionais.
Aliás, talvez seja essa a minha característica mais marcante em todos os sentidos, pois não sou de desistir muito fácil daquilo que eu quero.
O fato é que seu eu, realmente, preciso fazer alguma coisa eu vou fazer, custe o que custar. Mesmo que eu esteja cansado ou mesmo desmotivado, eu, na grande maioria das vezes, mantenho o foco. Alguns chamam isso de disciplina, ou seja, fazer o que precisa ser feito, mesmo que você não esteja muito disposto.
Nas minhas últimas férias em Maceió, eu saía antes das 5 da manhã para dar a minha corrida diária, para depois visitar aquelas belas praias de Alagoas (Gunga, Maragogi, Francês, Paripueira, Dunas de Marapé, São Miguel dos Milagres, etc).
Num desses dias, eu estava correndo pela Ponta Verde quando se aproximou de mim uma mulher correndo. Ela passou por mim e me deu um bom dia. Logicamente, respondi com outro bom dia, pois tinham poucas pessoas nesse dia e horário correndo ou caminhando pela orla de Maceió.
Porém, para a minha grande surpresa, notei que essa mulher apresentava uma grande dificuldade nos seus movimentos. Aliás, ela não conseguia coordenar os movimentos dos seus braços na corrida, mas, mesmo assim ela estava correndo.
Corri até o final da Ponta Verde e dei a volta rumo ao hotel que eu estava hospedado na Pajuçara. Quando eu estava próximo do hotel, ultrapassei essa mesma mulher. Quando passei por ela tive que dizer: Parabéns pelo seu esforço e determinação! Ela sorriu e me respondeu: Vamos que vamos!
Cheguei ao hotel e fiquei refletindo; que exemplo de esforço, foco e determinação!
Aquela corredora é a prova viva de que não devemos desistir, apesar de todas as dificuldades que a vida pode nos impor.
Mais do que isso, precisamos desenvolver muita resiliência, pois a vida poderá nos testar de todas as formas possíveis, em algum momento.
Aquela corredora me mostrou, também, que podemos sempre manter o nosso bom humor e alto astral, apesar das vicissitudes da vida.
Aliás, desde esse dia, penso que eu não sou realmente esforçado, focado e disciplinado, pois eu não sei se eu teria a coragem e bravura dessa corredora anônima de Maceió. E quem escreve isso é um outro corredor, mais anônimo ainda, com toda a certeza.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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