A incompetência e a arrogância
- José Tejada
- 3 de dez. de 2019
- 2 min de leitura
Interessante notar que, muitas vezes, a arrogância prejudica sobremaneira uma empresa, já que seus gestores podem não se dar conta das mudanças de mercado, colocando a culpa na concorrência (desleal), nos clientes ou em outra coisa parecida.
O fato é que a arrogância pode até nos fazer cegos, quanto às deficiências da nossa empresa, ou seja, os seus pontos fracos.
E como uma empresa vai melhorar a sua competitividade se, pelo menos, não reconhecer os pontos em que ela tem problemas e, por consequência, precisa e deve melhorar?
De outra forma, se uma empresa quiser “sobreviver na tempestade”, ela precisa, em primeiro lugar, de ter uma postura baseada na humildade, para reconhecer os seus pontos fracos e, em seguida, “atacar” com eficácia os mesmos, a fim de que as dificuldades sejam superadas com o passar do tempo, nesse período de grande turbulência.
A realidade é que já vi diversas empresas sucumbirem por uma total falta de humildade em reconhecer a sua real situação.
Nesse aspecto, a arrogância pode fazer-nos pensar que tudo, com o tempo, se resolverá ou mesmo a acreditar em um verdadeiro milagre que vai acontecer e tirar a empresa da situação vigente ou mesmo que, contratando alguns “salvadores da pátria”, eles verdadeiramente salvarão a empresa da bancarrota (risos).
Ledo engano, a probabilidade de um verdadeiro milagre acontecer ou a crença de que alguns “salvadores da pátria” tirarão a empresa do “buraco”, é mínima em todos os sentidos, ou seja, na grande maioria das vezes, é pura ilusão.
A grande vantagem é que, a grande maioria das organizações, vai dando sinais de perda de competitividade, ou seja, quase nenhuma empresa quebra do dia para a noite (com exceção de um banco). Por isso, o gestor (administrador), quase sempre terá um tempo adequado para a sua intervenção, com o intuito de reverter essa situação.
Logicamente, ele não terá todo o tempo do mundo, pois em determinado estágio, a situação da empresa pode se tornar irreversível.
Acima de tudo, é fundamental que a empresa nunca tenha uma postura arrogante, pois; nos bons momentos, poderá entrar perigosamente na sua zona de conforto, ou seja, se acomodar, deixando de aproveitar ótimas oportunidades de ganhar ainda mais mercado ou aumentar a sua competitividade.
Já nas épocas de crise, pode tardar muito a tomar as decisões cabíveis para reverter a situação, esperando por soluções “mágicas”, que tirem a empresa desse apuro, o que pode agravar sobremaneira a sua situação.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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