A indiferença!
- José Tejada
- 19 de fev. de 2020
- 2 min de leitura
Um dos vários significados da palavra indiferença se refere à falta de atenção, de cuidado, de consideração, descaso ou desdém.
Existe uma música muito famosa de um argentino chamado León Gieco que diz: “Solo le pido a Dios que el dolor no me sea indiferente, que la resseca muerte no me encuentre vacio y solo sin haber echo lo suficiente.”
Na letra dessa música, ele escreve, também, sobre a injustiça, a guerra, a manipulação, o engano, onde não podemos, em hipótese alguma, ter uma atitude de indiferença.
O fato é que essa música sempre me tocou profundamente, pois acredito que precisamos nos preocupar mais com os nossos semelhantes, apesar de vivermos em uma sociedade que, de uma forma geral, é tão individualista e também narcisista, basta ver a quantidade de “narizes empinados” que conhecemos nas nossas relações pessoais e profissionais (risos).
Aliás, penso que as pessoas, de uma forma geral, esqueceram um pouco do seu próximo e buscam somente o seu bem-estar individual (econômico).
Nesse contexto, as pessoas vão ficando totalmente indiferentes às necessidades dos demais, pois o que mais conta é o interesse próprio e ponto final!
No ambiente organizacional também isso é muito frequente, por isso que muito poucas empresas brasileiras conseguem, efetivamente, trabalhar eficazmente em equipe.
É aquele lema bem brasileiro: vou garantir o meu, o resto não me interessa. Até nos relacionamentos íntimos acontece isso. Sempre o interesse individual é o que, infelizmente, muitas vezes, fala mais alto.
Essa música passa a bela mensagem que precisamos pensar mais como uma comunidade em que todas as pessoas são iguais e a maioria pensa nos interesses dessa comunidade. E não como hoje, em que a grande maioria está somente preocupada com o seu próprio “umbigo”!
Além disso, precisamos ser mais solidários, principalmente, se tivermos condições financeiras para isso, afinal, sentimos uma grande alegria em poder ajudar as outras pessoas, sem esperar qualquer retorno ou recompensa, ou seja, ajudamos por ajudar, sem qualquer interesse.
Quem faz trabalho voluntário sabe que o maior beneficiado é o próprio voluntário, pois a satisfação interna de poder ajudar a quem precisa não tem preço, com toda a certeza.
Acima de tudo, essa postura é o que se espera de um ser humano, ou seja, não podemos deixar de lado nosso altruísmo, pois muitas pessoas passam por provações de toda a ordem e como diz a música do León Gieco; que Deus nos livre de sermos indiferentes nesse contexto, pois deve ser muito doloroso, morrer sem haver feito o suficiente pelo nosso semelhante.
Em síntese, precisamos viver uma vida com propósito, ou seja, com a intenção de contribuir para o bem-estar de outras pessoas. Esse é, com certeza, um dos grandes motivos porque escolhi a profissão de professor; o fato de poder ajudar, de alguma forma, as pessoas a se desenvolverem continuamente, conquistando seus grandes objetivos de vida.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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