A relação entre o planejamento estratégico e o operacional
- José Tejada
- 27 de set. de 2022
- 2 min de leitura
Uma das disciplinas que mais gosto de lecionar na universidade é a de gestão estratégica, onde estudamos como fazer um planejamento estratégico.
Logicamente, hoje, num ambiente tão instável e de tamanha concorrência acirrada, as empresas mais bem-sucedidas são aquelas que sabem planejar melhor do que os seus principais concorrentes.
Na verdade, o planejamento estratégico visa antecipar os problemas que a empresa poderá enfrentar no futuro, para que ela tome as providências necessárias já no presente.
O fato é que, hoje, qualquer organização que se preze, independentemente de seu porte ou segmento, precisa fazer um planejamento estratégico de qualidade, a fim de, pelo menos, manter a sua competitividade ou, idealmente, aumentar o seu market share (fatia de mercado).
Acontece que um dos erros mais frequentes é deixar o operacional de fora da elaboração do planejamento estratégico. Sim! Algumas empresas equivocadamente pensam que a elaboração do planejamento é algo de cúpula (direção), que depois vai ser somente comunicado ao pessoal do operacional.
Porém, ouso perguntar; quem vai fazer acontecer o processo, ou seja, quem vai colocar a mão na massa para o que planejamento efetivamente atinja os resultados previstos? Se você respondeu que é justamente o operacional, acertou em cheio.
Em função disso, toda organização de ponta envolve sempre todo o operacional na elaboração do planejamento estratégico, pois podem surgir ideias muito interessantes desse pessoal.
Outro ponto é que quem está em contato direto com o mercado (cliente) possui informações valiosas que poderão ser aproveitadas pela organização.
Além disso, quando permitimos a participação do operacional, provavelmente, estaremos gerando o comprometimento do mesmo, afinal, as pessoas gostam de serem ouvidas (participar do processo).
Logicamente, talvez, a contribuição do pessoal do operacional seja, em termos de quantidade e qualidade, menor que a do pessoal do estratégico, porém, precisamos usar nesse processo, obrigatoriamente, todo o capital intelectual da organização. Isso, com certeza, vai refletir diretamente na qualidade do processo de planejamento estratégico como um todo, principalmente os resultados a atingir.

José Tejada
Professor universitário, psicanalista, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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