A vaidade do líder!
- José Tejada
- 3 de mar. de 2020
- 2 min de leitura
Um dos significados de vaidade no dicionário é o desejo de que determinadas qualidades pessoais (físicas ou intelectuais) sejam admiradas ou reconhecidas pelos outros. Também vaidade é a qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre uma aparência ilusória.
Penso que o verdadeiro líder deve deixar quase que completamente de lado a sua vaidade, afinal, ela não lhe proporcionar qualquer valor agregado para o seu trabalho.
O mais importante para o líder é formatar um ambiente em que os seus liderados possam atingir o seu potencial pleno, em termos de capacidade e performance. Em tese, o líder deve saber identificar, desenvolver e potencializar os talentos de sua equipe de trabalho. Como consequência, ele sempre precisa prezar pela meritocracia em suas decisões.
Na realidade, o verdadeiro líder sabe que o mais importante é o resultado para a empresa, por isso, a grande maioria dos grandes líderes empresariais deixa a sua vaidade em segundo plano, pois possuem uma grande segurança interior.
São líderes que estão conscientes que precisam sempre aprender constantemente para melhorar, ainda mais, a sua performance, independentemente do reconhecimento conquistado ou recebido.
O fato é que os verdadeiros líderes conseguem manter a sua humildade, independentemente do sucesso conquistado, pois eles sabem que sempre podem agregar um maior valor à sua equipe, em termos de liderança. Mais do que isso, os verdadeiros líderes se consideram eternos aprendizes, por isso não levam muito em consideração o seu ego, afinal, não se sentem superiores ou diferentes de seus liderados, essa é a realidade. Na verdade, eles se consideram como mais um integrante da sua própria equipe.
No fundo, o verdadeiro líder sabe que a sua vaidade não o levará a lugar algum, pois, ele, provavelmente, irá perder a sua imparcialidade, afetando muito a qualidade da sua tomada de decisão.
Por outro lado, os chefes adoram ser bajulados, mesmo pelos puxa-sacos de plantão que só se prestam a promover uma adulação permanente. Talvez, até eles desconfiem da falsidade desses puxa-sacos, mas mesmo assim, valorizam os mesmos, pois eles fazem bem para o seu ego.
Na verdade, os chefes sentem uma enorme necessidade de serem admirados e bajulados, pois isso lustra e alimenta muito o seu grande ego.
Por isso, hoje, são muito raros os verdadeiros líderes empresariais, já que existe uma grande proliferação de chefes em quase todas as organizações, pois as mesmas tornam-se, na grande maioria das vezes, uma grande fogueira de vaidades, o que prejudica sobremaneira o desempenho de muitas organizações, já que afeta diretamente a qualidade do trabalho de equipe.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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