A vida simplesmente voa!

José Tejada
1 de mai.
2 min de leitura

Cada vez eu fico mais impressionado quando resolvo olhar um pouco para o meu passado. Faço uma pequena retrospectiva de alguns acontecimentos e vejo que, simplesmente, já se passaram dez, quinze anos e parece que, tudo aquilo aconteceu “ontem”.

O mais paradoxal é que, na nossa infância, parecia que o tempo passava muito mais devagar (um ano era muito tempo me recordo); porém à medida que crescemos, temos a impressão de que o tempo literalmente acelera exponencialmente.

Mais do que isso, às vezes, quase não nos damos conta que efetivamente estamos inevitavelmente envelhecendo, embora, às vezes, não gostamos de admitir isso.

Mas o fato é que a cada ano que passa aparece mais uma ruguinha e os “pés de galinha” vão também se acentuando (inevitáveis marcas do tempo). Fazer o quê?

Porém, o mais interessante é a percepção das outras pessoas (você já parou para pensar nisso?).

Quando comecei a lecionar na universidade, certa vez, estava na lancheria comendo meu lanche antes da aula, quando um estudante pediu para sentar comigo, pois a lancheria estava lotada. Respondi imediatamente que: sim! Ele se sentou, pediu o seu lanche e me perguntou: Que aula tu tens hoje? Eu respondi que iria dar aula de TGA (Teoria Geral da Administração - minha primeira cadeira na universidade). Imediatamente ele se assustou. Pediu desculpas e disse: Não sabia que eras professor! Vou procurar outro lugar! Imagina respondi. Pode ficar sem problema. A verdade é que todos nós somos iguais (seres humanos imperfeitos e inacabados por excelência).

Já, atualmente, quando entro em algum bar da universidade, o atendente, geralmente, já me cumprimenta: boa noite professor (risos – por que será?).

Um escritor americano do qual não mais me recordo o nome escreveu: num belo dia, nos olhamos no espelho e percebemos, para a nossa surpresa, que estamos velhos!

O mais engraçado é que, independentemente da nossa disposição e energia, alguns fatos acabam nos alertando da inevitável passagem do tempo.

Aliás, nessa semana, no final de uma aula, um aluno veio conversar comigo e me falou: Sabe Tejada. Comentei lá em casa que estava tendo aula contigo e a minha mãe falou que tu também tinhas sido professor dela!

Caramba, pensei! Realmente a nossa vida passa mesmo muito rápido!