Alegria na tristeza!
- José Tejada
- 22 de jan. de 2020
- 2 min de leitura
Em minhas últimas férias, quando estava na Barra do Cunhaú (RN), se aproximou uma moça de nossa mesa para vender suas balas de coco.
Realmente as balas de coco eram muito boas, mas o que me chamou mais à atenção foi a postura dessa moça. Ela comentou que não tinha mais o seu pai e que também sentia muito a falta dele. “Jesus levou o meu paizinho”, ela disse. Isso me tocou sobremaneira, pois perdi meu pai com vinte e poucos anos e foi uma experiência muito dolorosa em todos os sentidos.Nesse momento tive que me segurar, para não transparecer a minha emoção, afinal, nós estávamos de férias.
O fato é que as pessoas que amamos sempre permanecem em nossa memória, independentemente do tempo transcorrido de sua partida.
Em seguida, comentou que o movimento, esse ano, nessa praia estava fraco, mas, por outro lado, o seu semblante transmitia também uma alegria interna. Sim, talvez fosse a alegria na tristeza de poder lutar pela sobrevivência, apesar de uma vida muito sacrificada, vendendo suas balas de coco naquele sol escaldante do Rio Grande do Norte. Acabamos comprando as balas e ela foi embora muito feliz, pelo menos foi a impressão que tive.
Essa moça me fez perceber que, mesmo que tenhamos algumas tristezas em nossa vida, precisamos de todas as formas, manter-nos alegres e confiantes em dias melhores e, principalmente, sermos gratos por estar vivos e com saúde, essa é a realidade.
No fundo, tudo é passageiro (inclusive a nossa vida), o que inclui também as nossas dificuldades!
Além disso, essa vendedora me mostrou que temos que valorizar muito a nossa vida, acima de tudo, pois, como sempre digo a mesma é uma aventura imperdível, onde aprendemos todo o dia e com todos, mas, principalmente, com as pessoas mais simples e humildes que sabem acima de tudo, serem muito felizes na tristeza.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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