Arrogância e empatia!

Já escrevi várias vezes as características de um líder arrogante e por que essa característica pode prejudicar tanto o seu desempenho na condução e motivação de uma equipe.

Infelizmente, a arrogância está em alta nos dias de hoje, pois parece que as pessoas confundem humildade com subserviência, o que é um grande equívoco.

A realidade é que o profissional humilde é aquele que está sempre aberto ao aprendizado e quer evoluir constantemente. De outra forma, ele quer realizar todo o seu potencial em termos de desempenho ou performance.

Já o profissional arrogante pensa que é tão “competente” que não precisa aprender mais nada, pois ele se considera completo e, também, insubstituível (risos).

Infelizmente, já tive a experiência de trabalhar com chefes muito arrogantes em todos os sentidos. E, confesso, foi muito difícil, pois esses chefes são refratários a todos os tipos de ideias que não sejam as suas, pois eles se consideram muito superiores a qualquer profissional (verdadeiros Deuses).

Mas o pior é que percebi, com o tempo, que todo o profissional arrogante não possui um pingo de empatia (capacidade de se colocar no lugar do outro), pois o seu ego o deixou cego quanto às necessidades dos outros (seus semelhantes).

Aliás, o chefe arrogante, quase sempre, é um ególatra por natureza, por isso, ele somente olha para o seu próprio umbigo e ponto final! De outra forma, ele somente pensa nos seus interesses particulares e, quase sempre, não mede esforços para conseguir aquilo que quer, mesmo que tenha que passar por cima de outras pessoas para isso (integridade é uma palavra que não consta no seu dicionário).

O fato é que a arrogância quase nunca anda junto com a empatia. São “líquidos” de densidades muito diferentes, eu diria.

Em função disso, quando aquela “jornalista” falou que o choro era livre, não fiquei nem um pouco surpreso, pois uma pessoa que preza pela arrogância nunca vai sentir empatia (preocupação) por alguém, essa é a verdade.

Além disso, a verdade é que muitas pessoas arrogantes não estão nem aí para essa pandemia, pois não foram afetadas pela mesma (estão com saúde, com os seus proventos em dia e garantidos) e, por isso, não estão nem um pouco preocupadas com os seus semelhantes, afinal, eles pensam no fundo: Cada um com os seus problemas não é mesmo?

Infelizmente, o que essas pessoas esquecem é que a vida é uma colheita e um dia, todos nós, colheremos, inevitavelmente, aquilo que houvermos semeado.

Além disso, como dizia meu querido e saudoso pai: O mundo é redondo meu filho e ele dá muitas voltas!

José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite