Atitude não é tudo!
- José Tejada
- 23 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
Já ouvi várias vezes a frase atitude é tudo ser pronunciada por professores e palestrantes em todos os tipos de eventos e, também, li isso em livros de motivação e liderança.
Mesmo admitindo que a questão de atitude pode fazer a diferença muitas vezes, a verdade é que atitude, efetivamente, não é tudo.
Explicando melhor, atitude tem a ver com o aspecto comportamental do indivíduo, se quisermos sintetizar, eu diria a questão de motivação ou vontade de fazer algo.
Logicamente, vemos, hoje em dia, em muitas organizações uma falta tremenda de atitude de seus colaboradores, ou seja, a desmotivação está de certa forma, muito presente no ambiente organizacional. Infelizmente, todas as pesquisas mostram essa realidade, pois pouquíssimas pessoas trabalham na sua verdadeira vocação, ou seja, possuem uma verdadeira paixão por seu trabalho.
Logicamente, existem pessoas que, mesmo não gostando de seu trabalho, possuem muita atitude, ou seja, vontade de fazer as coisas pela organização. Mas essa atitude ou vontade de fazer as coisas, com certeza, não garante uma qualidade no trabalho.
O mais preocupante é que muitas organizações pensam que somente atitude (vontade e esforço) garante sucesso. Eu diria que, nem sempre, pois muito mais importante do que a quantidade de trabalho é a qualidade do mesmo. E para que o trabalho tenha qualidade eu preciso, além de atitude, uma estratégia correta.
Na realidade, esse é o “pulo do gato” do profissional de vanguarda (excelente), ou seja, ele, além de ele ser extremamente motivado, é muito criativo em propor estratégias diferenciadas para atingir os objetivos organizacionais. Mais do que isso, as suas estratégias quase sempre são eficazes, ou seja, conseguem atingir o objetivo no menor tempo possível e com o menor custo para a organização.
Interessante comentar que a palavra estratégia tem origem militar (arte do general). Aliás, a estratégia começou a ser melhor estudada durante as guerras, quando, determinado exército, com um contingente menor de soldados e armas, conseguia vencer um exército maior e melhor equipado em termos de armamento. Isso causava uma grande surpresa nos militares que queriam entender como isso poderia acontecer.
Hoje sabemos que a questão estava justamente na estratégia adotada por cada exército, já que uma boa estratégia pode ser uma grande vantagem (diferencial competitivo) para determinado exército (organização).
Finalizando; não se iluda que uma equipe muito engajada e comprometida (esforçada) vai atingir os resultados que a organização almeja. Se essa equipe não tiver uma boa estratégia de trabalho (elaborar uma boa estratégia para atingir os objetivos), eu garanto que o resultado final será pífio para a grande surpresa da direção, pois como diz o título desse artigo, atitude, infelizmente, não é tudo!

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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