Carta para minha mãe
- José Tejada
- 13 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
Amanhã (14/2) está fazendo 16 anos de sua partida mãe. Como o tempo passou, mas ao mesmo tempo, não, por mais paradoxal que isso possa parecer.
O fato é que a saudade foi sempre uma constante nesses 16 anos da sua ausência em minha vida.
Preciso te confessar que, às vezes, é extremamente difícil, principalmente em alguns momentos, lidar com a sua ausência em minha vida, já que você faz uma falta enorme por aqui, essa é a verdade.
Pelo menos, as doces e inesquecíveis recordações que tenho de ti (de toda a nossa convivência juntamente com as nossas viagens) conseguem amenizar um pouco, pelo menos, a saudade que sempre está presente quando me lembro de ti.
O mais complicado é que quase todo o dia, de alguma forma, tu estás presente em meus pensamentos, às vezes, até nos meus sonhos.
O mais importante é que o teu maravilhoso legado e exemplo sempre me motivam a seguir em frente, apesar de todas as dificuldades (decepções e tristezas) presentes em qualquer caminho.
Aprendi contigo que o sentimento mais nobre é, sem dúvida, o amor baseado em um altruísmo exacerbado, pois sei que sempre te preocupaste muito mais comigo do que contigo.
Além disso, aprendi também contigo a ser mais tolerante (compreensivo) com as pessoas, pois todos nós temos defeitos e imperfeições que, muitas vezes, não gostamos de admitir.
O mais interessante é que amanhã é justamente o Valentine’s Day, o dia dos namorados em todo o mundo (menos no Brasil). O Valentine’s Day, o dia do amor, foi justamente o dia da tua partida. Penso que, sem dúvida alguma, isso não foi uma mera coincidência, pois toda a tua vida foi baseada nesse sentimento tão maravilhoso e que está fazendo tanta falta no mundo de hoje, onde as pessoas só querem provar, umas às outras, que a razão está com elas e ponto final!
Tu nunca te preocupaste em estar com a razão, mas sim de sempre ajudar as outras pessoas e isso eu nunca me esqueci. A verdade é que sempre podemos ajudar alguém, nem que seja com uma palavra, uma mensagem, um sorriso, cumprimento ou qualquer pequena gentileza.
A realidade é que, depois da tua partida, percebi que precisava viver com toda a intensidade possível os bons momentos que a vida iria me proporcionar, pois, infelizmente, esses bons momentos não iriam ser permanentes (somente as doces lembranças dos mesmos).
Finalizando, amanhã, como sempre faço, irei ao cemitério rezar e, principalmente, para “conversar” mais de perto contigo.
Acima de tudo, desejo muito que te encontres bem (feliz) onde estiveres.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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