Clima beligerante
- José Tejada
- 27 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Analisando a nossa sociedade atualmente, vejo que, de uma forma geral, está presente um clima beligerante, ou seja, parece que estamos em guerra uns contra os outros.
As pessoas querem ter a razão de tudo e ponto final! A grande maioria não aceita o contraditório (pessoas que pensem de uma forma diferente).
E o pior, vejo um individualismo exacerbado, onde cada um defende o seu próprio interesse, sem se preocupar com os outros (sociedade) ou com a própria qualidade de seus argumentos (fontes).
Tentando analisar, de uma forma isenta, a atual situação, eu penso que, com um clima desses, e no meio dessa pandemia, somente temos muito a perder.
O fato é que num momento de tantas dificuldades econômicas, sociais, educacionais, de segurança e, também, de relacionamentos, precisamos nos unir.
Precisamos, para superar as dificuldades propostas por essa pandemia em nível mundial, de harmonia, união e muito bom senso em todos as nossas decisões e, principalmente, comportamentos.
Precisamos ter maturidade e pensarmos como uma coletividade, tendo a consciência de que se nós nos unirmos poderemos, em menor tempo, superarmos as dificuldades presentes que nos assolam com tamanha magnitude.
Precisamos ter mais maturidade como uma sociedade, onde o altruísmo possa prevalecer, ou seja, esteja presente a preocupação com os demais.
Alguns podem dizer que estou escrevendo com muito romantismo ou idealismo, mas não vejo outro caminho para superar a pandemia, do que nos tornarmos mais conscientes de nossas responsabilidades. Cada um é importante e precisa fazer a sua parte.
Mais do que isso, cada um precisa também pensar em seu semelhante e não achar que pode fazer qualquer coisa, impunemente, para satisfazer a sua vontade individual (desejo).
Mais uma vez, precisamos nos unir para vencermos essa pandemia no menor tempo possível, por isso, a questão de harmonia e união é tão crucial.
Não sei, mas parece que muitas pessoas se esqueceram de como é bom viver em harmonia com os nossos semelhantes ou como as coisas fluem muito bem em uma sociedade que preza pelos valores coletivos, deixando em segundo plano, os interesses individuais.
Hoje, infelizmente, parece que muitas pessoas sentem prazer de confrontar, questionar mesmo que não tenham argumentos viáveis as pessoas (seus desafetos muitas vezes), ou seja, gostam, até mesmo, de implicar com as outras pessoas que não tem a mesma opinião.
Não podemos esquecer a frase que inclui muita sabedoria do escritor Ferreira Gullar: “Não quero ter razão, eu quero é ser feliz”!
Em suma, como teremos uma sociedade feliz e unida, se as pessoas sempre querem ter sempre a mais absoluta razão de tudo, eu pergunto?

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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