Barco à deriva ou afundando?
- José Tejada
- 17 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de ago. de 2020
Existem empresas muito sólidas, geralmente, com um excelente planejamento, que independentemente do tempo (mercado), realizam a sua trajetória como grandes navios de cruzeiro, ou seja, navegam com muita segurança em mares de todos os tipos.
Nessas organizações, como nos grandes navios, as pessoas são muito bem tratadas. Nos cruzeiros são cinco refeições diárias, além de várias atividades que os hóspedes podem fazer durante todo o dia.
Assim como os cruzeiros, as empresas de ponta, também, tratam muito bem o seu capital intelectual, valorizando-o sobremaneira através da meritocracia. Talvez, por isso, essas empresas tenham uma trajetória tão segura, já que sempre prezam pelo resultado, não abrindo mão de trabalhar com gente extremamente talentosa, principalmente, nos seus cargos estratégicos.
Porém, as empresas incompetentes quase sempre estão em dificuldades de toda a ordem, pois não planejam ou planejam muito mal (risos).
Em função disso, muitas empresas incompetentes são verdadeiros barcos à deriva, ou seja, essas empresas estão perdidas no mercado. Elas, simplesmente, não sabem o que vão fazer para superar os seus enormes problemas, porém são incapazes de admitir isso, ou seja, ainda por cima, falta-lhes humildade (risos).
Além disso, quase sempre, nessas empresas, existe a famosa “amigocracia”, onde a valorização se dá somente pelo fator pessoal ou político (bajulação e falsidade imperando, diga-se de passagem).
Geralmente, nas empresas desse tipo, forma-se uma “panela de incompetentes” que, com o tempo, acabaram loteando muitos cargos e inchando desproporcionalmente a empresa com os seus cupinchas e, por isso, acabaram se metendo nessa grande enrascada.
Nesse contexto, com certeza, a situação é muito complicada, mas a empresa ainda tem salvação, se ela convocar os seus melhores talentos para reverter a situação vigente.
O fato é que, em quase todas as empresas incompetentes, existem pessoas muito competentes que podem fazer a diferença na hora mais necessária e tirar a empresa do buraco em que ela se meteu.
Em outras empresas incompetentes, a situação é mais complicada. Algumas se comportam como um barco afundando, nesse caso, as pessoas somente querem salvar a sua própria pele e ponto final! É um verdadeiro salve-se quem puder.
E o que é ainda pior, nesse contexto, os mais talentosos são boicotados ou perseguidos de todas as formas, pois são considerados verdadeiros inimigos dos incompetentes que morrem de inveja pelos resultados (reconhecimento e prestígio) atingidos por esses profissionais, apesar da situação vigente.
A verdade é que os gestores dessa empresa preferem quebrar a empresa com os seus amigos do que pedir ajuda e dar uma chance para os mais competentes e talentosos fazer a diferença na hora h.
O mais engraçado é que, algumas vezes, essas empresas são de grande porte e tiveram um grande sucesso no passado por mais incrível que isso possa parecer (mercado “cativo” e abundante com poucos concorrentes).
Essas empresas se assemelham muito ao Titanic, pois mesmo afundando, a orquestra (os incompetentes) não parava de tocar (risos), apesar do desespero de todos os passageiros que enxergavam, com clareza, a situação de iminente naufrágio.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
Comments