Cuidado com os paspalhos!
- José Tejada
- 20 de nov. de 2021
- 2 min de leitura
No dicionário, paspalho tem sinônimos como bobalhão, palerma, pateta, bestalhão, avoado. Diz-se, também, do sujeito vaidoso ou pretensioso.
Infelizmente, tive que conviver com alguns paspalhos em minha carreira profissional.
O mais interessante é que a maior parte desses paspalhos, pasmem, possuía um cargo estratégico ou de liderança. Isso mesmo! A paspalhice, simplesmente, não respeita nível hierárquico.
Vou até mais longe, na verdade, a paspalhice, também, não respeita formação acadêmica e, às vezes, até “experiência”, digamos assim.
A realidade é que como “algumas” empresas não prezam pela meritocracia em suas decisões, elas não estarão livres de possuírem verdadeiros paspalhos em seus cargos estratégicos.
O mais “interessante” é que um verdadeiro paspalho adora se cercar de bajuladores (puxa-sacos), que vão sempre concordar com ele, independentemente de qualquer das suas decisões.
Aliás, ele pode tomar a decisão mais estapafúrdia, absurda ou idiota que seus asseclas estarão prontos para apoiá-lo, sem fazer questionamentos. Por isso, temos que tomar muito cuidado, já que o paspalho tende a ter seguidores, que com o tempo, indubitavelmente, também se tornarão paspalhos (risos). Minha experiência mostra que a paspalhice, quando se instala na empresa, pode se tornar muito contagiosa.
Na verdade, o chefe paspalho vive em um mundo irreal, onde ele “pensa” que é um ser iluminado, já que possui vários seguidores (bajuladores ou interesseiros, na verdade).
E o pior, como o paspalho tende a ser pretensioso, ele pode pensar que é muito competente (diferenciado), pois tem o poder de decisão (poder da caneta) e, por isso, ele pode se tornar muito nefasto para qualquer empresa.
O fato é que todo paspalho gosta de se cercar de pessoas da sua estrita confiança e que (pelo amor de Deus) não sejam talentosos ou inteligentes, pois ele sempre precisa aparecer mais, quando os holofotes forem ligados, nem que seja para falar ou fazer besteiras (risos).
De outra forma, inteligência e paspalhice são “líquidos” que nunca se misturam, pois possuem “densidades” completamente diferentes.
Aliás, isso é muito fácil verificar no mundo empresarial.
Pense naquele paspalho da sua empresa (toda empresa tem algum paspalho pode ter certeza) que, inclusive, pode ser o seu chefe (risos); de quem ele se cerca? Quem ele valoriza? Com quem ele almoça frequentemente ou faz o seu happy hour?

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
Comments