Deixar tudo para a última hora!
- José Tejada
- 28 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Talvez, a característica mais marcante de uma organização incompetente seja o não cumprimento de prazos. Isso, geralmente, acontece, pois em uma organização incompetente, quase tudo é, simplesmente, deixado para a última hora, ou seja, tudo é feito “em cima do laço”, como diria meu pai (risos).
A verdade é que se eu deixo tudo para a última hora, o caos se instalará em minha vida, pois não terei tempo hábil de realizar minhas principais tarefas com excelência. De outra forma, o meu trabalho, com certeza, vai perder muito em termos de qualidade.
O mais “engraçado” é que toda a organização incompetente que se preze, vai escolher sempre alguns “Cristos” terão que fazer esse serviço “sujo”, digamos assim, já que os chefes nunca vão assumir as suas verdadeiras responsabilidades.
O interessante é que, por mais que seja paradoxal, existem pessoas competentes em uma organização incompetente, que geralmente, serão as escolhidas para assumir esses “rabos de foguete”. Logicamente, essas pessoas não serão reconhecidas, pois, numa organização incompetente, as pessoas mais valorizadas serão sempre os bajuladores (puxa-sacos) dos chefes. De outra forma, nenhuma organização incompetente possui um ambiente meritocrático!
O fato é que toda a organização que se preze, precisa ter um mínimo de planejamento para que sejam cumpridos os prazos, até por uma questão de competitividade ou sobrevivência.
Porém, para uma organização incompetente, o mais importante é simplesmente manter o status quo (“amigocracia”).
Na realidade, uma organização incompetente é inimiga ferrenha da mudança, ou seja, ela preza sempre pela sua continuidade, independentemente das circunstâncias ou desafios que o mercado possa apresentar. Por isso, no contexto atual, a maioria das organizações incompetentes, simplesmente, não vai sobreviver.
E o que é ainda pior, muitas organizações se apóiam na sua infraestrutura ou tradição, elementos que, hoje em dia, não são mais diferenciais competitivos.
Atualmente, o mercado não respeita mais sobrenome ou passado.
A grande realidade é que a empresa precisa evoluir constantemente, aprimorando seus produtos e serviços, independentemente do sucesso atingido, se quiser manter ou mesmo aumentar a sua competitividade (participação de mercado).
Mais do que tudo, a empresa precisa planejar muito bem para sobressair sobre a concorrência, tendo tempo suficiente para trabalhar suas prioridades mais importantes com excelência. De outra forma, tentando fazer tudo com uma antecedência adequada.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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