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E daí?

  • Foto do escritor: José Tejada
    José Tejada
  • 18 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Tive um coordenador em um colégio em que lecionei que quando ele não gostava de um comentário, ele sempre dizia com raiva: E daí? Podia ser em uma reunião de professores ou mesmo em uma aula, quando algum aluno tivesse a coragem de perguntar algo para ele (risos).

O mais engraçado que a fama dele no colégio era enorme a ponto de que mesmo os alunos que nunca tinham tido aula com ele, não gostarem dele (muitos risos). Isso pode parecer brincadeira, mas realmente acontecia.

Logicamente esse meu antigo chefe não era nem um pouco tolerante e tremendamente autocrático. Não sei se a influência de sua carreira militar acentuou esses traços em sua personalidade.

Na realidade; ele que sabia, ele que mandava e ele, também, que aparecia levando todos os méritos possíveis. Aliás, ele, hipocritamente, dizia que precisávamos trabalhar em equipe, mas o que, verdadeiramente, acontecia era um trabalho de EUquipe (risos).

Logicamente, era muito complicado o relacionamento com esse coordenador. Ele por sua postura autocrática e arrogante causava muitos conflitos, tanto no relacionamento com os professores, como com os alunos de todo o colégio e até com os funcionários desse colégio. A sua aparência física também era “engraçada”. Baixinho com um bigodinho tipo Hitler que ele até pintava, pois a coloração do mesmo variava (mais escuro ou mais claro - risos). Por isso, ele era mais conhecido como Bigode (nome de guerra).

Alguns alunos, inclusive, diziam pelas suas trapalhadas que ele, simplesmente, era folclórico, ou seja, um fanfarrão por excelência, já que também nutria um grande ego.

Até mesmo havia um movimento no colégio entre professores e alunos que era o MFB (Movimento Fora Bigode).

Em meu livro “A incompetência assumindo o controle das organizações: como e porque alguns incompetentes se mantém no poder” (2013), conto mais algumas histórias sobre essa criatura.

A verdade é que várias vezes tive que ouvir o seu bordão nas mais diversas situações e contextos: E daí Tejada?

Confesso que, algumas vezes, ele conseguiu me tirar do sério e então eu acabava respondendo à altura. E quando acontecia isso, ele ficava nervoso e começava a gaguejar, mesmo não sendo gago (risos).

Depois com o tempo, acabei descobrindo que quando ele mentia também começava a gaguejar (risos).

Em função disso, começou uma marcação homem a homem nesse colégio, ou seja, ele, literalmente, pegava no meu pé, quando podia, o que acabou resultando na minha demissão, um tempo mais tarde.

Aliás, ele demitiu todos os meus colegas que ousavam não concordar com ele, em algumas situações.

Na realidade, ele gostava de ter “paus mandados” em sua equipe (gente que não pensa e concorda com tudo - zumbis) e eu nunca servi para isso, essa é a verdade.

Uma pena, pois quem acabou perdendo foi o colégio. Agora eu tenho a mais absoluta certeza que se ele, por acaso, lesse esse texto, diria: E daí Tejada?





José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite

 
 
 

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