Ego, talento e liderança!
- José Tejada
- 15 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Como escrevi em outro artigo, já trabalhei e convivi com algumas pessoas que tinham um grande, às vezes, enorme ego, mas eram, por outro lado, extremamente talentosas (competentes) em todos os sentidos. Nesse caso específico, embora eu nunca tenha nutrido qualquer tipo de admiração por uma pessoa ególatra, eu até podia tentar entender esse comportamento. Pensava comigo: essa pessoa por ter conquistado grande sucesso e prestígio, talvez, por isso, tenha se deixado levar pelo seu ego.
Porém, a realidade é que ego e talento não andam necessariamente de mãos dadas, ou seja, são coisas separadas, já que posso ter um enorme ego e nenhum talento; ser um arrogante incompetente, digamos assim; aliás, conheço vários (risos).
Mas por outro lado, posso também ser extremamente talentoso e prezar pela humildade (simplicidade) em meus atos.
O fato é que, mesmo eu sendo muito talentoso ou competente, eu só tenho a ganhar se eu conseguir controlar o meu ego, ou seja, deixá-lo em seu devido lugar, como diria meu saudoso pai.
Na realidade, o profissional talentoso e humilde é um profissional de vanguarda que sabe que sempre pode e deve aprender, para melhorar continuamente a sua performance.
Esse profissional tem em mente que, no fundo, a excelência nunca será alcançada, mas deve ser sempre, incansavelmente, buscada.
Além disso, ele está muito consciente de que o seu trabalho sempre pode ser melhorado, independentemente do reconhecimento ou sucesso obtidos. Mais do que tudo, esse profissional se mantém um eterno aprendiz em todos os sentidos, por isso, a sua evolução é constante e notória.
Acima de tudo, o profissional talentoso e humilde consegue liderar com excelência, pois é uma pessoa inspiradora e que serve de modelo para os seus liderados e, justamente por isso, é sempre admirado e respeitado por sua equipe.
De outra forma, esse profissional consegue que os seus liderados se identifiquem com ele, tendo comportamentos muito parecidos com os dele, ou seja, ele tem o grande dom de despertar a liderança em outras pessoas que, simplesmente, o seguem, por acreditarem em seu exemplo (comportamento).
Finalizando, percebo hoje, com muita clareza, que os líderes mais inspiradores (realizadores) são aqueles que, além de talentosos e competentes, conseguem prezar pela humildade (simplicidade) em seus atos e atitudes.
Já os ególatras (arrogantes), cada vez mais, geram resistências, boicotes e conflitos em suas equipes, nas organizações em que atuam, simplesmente, por não conseguirem motivar os seus subordinados a fazer o que precisa ser feito.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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