Eu, eu, eu, eu, eu!
- José Tejada
- 28 de set. de 2021
- 2 min de leitura
Interessante dizer que já faz muito tempo que a grande maioria dos livros sobre administração retrata a importância estratégica do trabalho de equipe para a obtenção de resultados consistentes em qualquer empresa ou organização.
Aliás, com o passar do tempo, pude perceber que, mesmo a nossa vida se iniciou com um bom trabalho de equipe feito pelos nossos pais. Se, por acaso algum de nossos pais não fizesse a sua parte, com certeza, nós não estaríamos aqui hoje (risos).
É por isso que, quando ouço queixas de filhos sobre o comportamento de seus pais, eu sempre me entristeço, pois, acredito que, por pior que eles tenham sido em vida (se é que foram), eles nos proporcionaram o maravilhoso dom da vida e somente, por isso, deveríamos ser extremamente gratos.
Voltando ao trabalho de equipe, chego à conclusão que, mesmo no Tênis que é um esporte individual, a nossa vitória não deixa de ser um trabalho coletivo.
O fato é que a nossa vitória, provavelmente, vai passar pela competência de nosso treinador, pelos nossos parceiros de treino, pelo incentivo e apoio de nossos amigos, pela dedicação dos funcionários de nosso clube que nos proporcionaram uma quadra em condições para treinar, etc.
A verdade é que, praticamente, tudo em nossa vida é uma construção em equipe. Na realidade, quase sempre dependemos de outras pessoas para atingir os nossos grandes objetivos de vida.
Em função disso, reparem que o verdadeiro líder sempre fala no sentido coletivo, ou seja, ele sempre usa, no seu discurso, o pronome da segunda pessoa do plural (nós). Ele diz: a nossa empresa, a nossa equipe, o nosso trabalho, o nosso esforço, ou seja, o líder sabe que ele é mais um integrante da equipe, ou seja, ele sempre preza pelo coletivo (valorização da equipe).
Porém, infelizmente, percebo que muitos empresários falam sempre na primeira pessoa do singular (eu). Eu faço isso, eu faço aquilo, a minha empresa, a minha equipe, o meu negócio, o meu sucesso, etc.
Sinceramente, quando eu percebo que uma pessoa só consegue falar eu, eu, eu, eu, quase sem parar, eu, mesmo constato que essa pessoa, efetivamente, não sabe trabalhar em equipe, pois ela se considera insubstituível em todos os sentidos.
Para essas pessoas, eu ouso dar um recado muito singelo. Um dia, dê uma passada em qualquer cemitério e você vai perceber que muitos “insubstituíveis” estão lá totalmente esquecidos, já que as suas lápides sequer possuem alguma florzinha, ou seja, estão completamente abandonadas (algumas até as letras estão apagadas ou mesmo caíram).
Acima de tudo, eu acredito que um verdadeiro líder sabe que ele depende da sua equipe para realizar os seus grandes objetivos e, por isso mesmo, sempre preza pela humildade nas suas interações, afinal, ele sabe que, verdadeiramente, ninguém é insubstituível e o sucesso da sua empresa (negócio) é fruto do trabalho (competência) da sua equipe, afinal, ninguém faz nada sozinho.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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