Eu não mandei Maradona para o inferno!
- José Tejada
- 1 de dez. de 2020
- 2 min de leitura
O meu último artigo descreve uma hipotética conversa entre Deus e Maradona, nas portas do paraíso, onde o criador tem sérias dúvidas sobre onde enviar o melhor e mais idolatrado jogador de futebol argentino de todos os tempos. Porém, no final, Deus decide que Maradona deve passar mesmo a sua eternidade no inferno, junto com os seus amigos pelo conjunto da sua vida pregressa.
Logicamente, na Argentina, eu teria sido excomungado da igreja maradônica e, também, odiado de morte, por todo o povo argentino, por escrever aquele artigo.
Na verdade, eu quis de uma forma leve e descontraída, lembrar os valores que precisamos respeitar para ter uma vida baseada na virtude.
Eu, em hipótese alguma quis julgar o Maradona, pois isso cabe ao criador em última análise e, todos nós, passaremos por esse julgamento, digamos assim.
O fato é que hoje, falar sobre ética e moral é muito complexo e complicado, mas usando essa história hipotética, procurei lembrar as pessoas da importância desses dois valores em nossa vida cotidiana.
Inicialmente, penso que nós precisamos de todas as formas, aproveitar os dons recebidos de Deus. Não podemos desperdiçar os nossos dons (talentos), pois isso foi nos dado com muito amor.
Em segundo lugar, precisamos cuidar o nosso comportamento, tentando sempre sermos bons exemplos para a nossa família e as pessoas de nosso convívio social e profissional.
Aliás, quanto maior for o nosso reconhecimento, fama e prestígio, maior o número de pessoas será influenciado pelo nosso exemplo, ou seja, a nossa responsabilidade será muito maior em todos os sentidos. Precisamos estar muito conscientes disso.
Outro aspecto fundamental, diz respeito às nossas companhias, pois, como escreveu Goethe: Dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és. Em função disso, escolha muito bem as suas companhias, pois elas falam muito da pessoa que você é. Meu pai sempre me alertou: Antes só que mal acompanhado meu filho!
Além disso, não seja um trapaceiro ou aproveitador, não engane ou manipule as pessoas, preze sempre pela verdade e não compactue com qualquer hipocrisia.
Também tenha a grandeza de admitir os seus erros (afinal ninguém é perfeito) e sempre procure fazer a coisa certa. Em função disso, procure ser altruísta; não seja muito egocêntrico, pense, também, nos seus semelhantes e, se puder, sempre procure ajudar dentro das suas possibilidades.
Na vida, o importante é vencer sempre com lisura e, se não for possível, perder com classe.
Acima de tudo, sempre procure estar em paz com a sua consciência, prezando em fazer o que é correto, em vez do que é mais vantajoso (popular) ou conveniente.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
Comments