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Eu sou insignificante!

  • Foto do escritor: José Tejada
    José Tejada
  • 2 de dez. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 9 de dez. de 2020


Como já escrevi inúmeras vezes, penso que estamos inseridos em uma sociedade que preza muito pela arrogância, onde “algumas” pessoas sentem-se senhoras absolutas da razão, dotadas de grande conhecimento, formação acadêmica, popularidade, prestígio, ou seja, muito superiores aos seus semelhantes (pobres mortais).

A verdade é que quando o meu ego (infelizmente também tenho um) tenta tomar conta da minha vida, simplesmente começo a me recordar de alguns momentos que, sem dúvida nenhuma, me senti insignificante em todos os sentidos.

Um deles foi quando visitei o arquipélago de Fernando de Noronha (PE). Estava em Natal e tomei o avião no aeroporto com destino a esse arquipélago que é de uma beleza incomparável em todos os sentidos.

Esse avião, um Embraer Brasília, era, com certeza, um dos menores aviões em que eu já tinha voado. Aliás, esse avião deveria ter uns 30 lugares, eu acredito. Eu estava sentado bem na frente na janela, mas como o avião é pequeno, conseguia ver até a cabine de comando dos pilotos e quase escutar o que diziam algumas vezes.

O avião decola e vejo o mar se aproximando pela minha pequena janela. Percebo imediatamente aquela imensidão que se aproximava do avião cada vez mais. Continuando o voo, visualizo lá de cima, inicialmente, aquele mar azul esverdeado, depois, sua coloração muda e ele fica totalmente azul. Porém, não foi essa bela paisagem que me impressionou. Na verdade, quando percebi o avião sobrevoando aquele imenso mar, me senti extremamente insignificante perto de toda aquela natureza exuberante e imensa sob todos os aspectos. Fiquei olhando atentamente e não via nada além daquele “tapete” azul infinito. Foi uma sensação que, efetivamente, eu nunca me esqueci. Aquele minúsculo avião, eu dentro dele e aquele magnífico mar sem fim embaixo de mim.

Outra vez, me encontro em Puno no Peru. Vamos fazer um passeio para a ilha Taquile que se encontra a uns 45 km de distância dessa cidade. Estávamos navegando no lago Titicaca, entre a Bolívia e o Peru. O lago Titicaca é o mais alto lago navegável do mundo (3.812 metros), tendo uma profundidade máxima de 281 metros.

A visão que eu tinha da lancha, independente da direção do meu olhar, era só de água por todos os lados. Não havia qualquer sinal de terra firme isso que já estávamos navegando a mais de duas horas. Toda aquela imensidão, também, me fez parecer muito insignificante sob todos os aspectos, essa é a verdade.

Essa semana quando recebi as fotos vazadas na internet pelo agente funerário que preparou o corpo de Maradona, também, me senti insignificante. Na verdade, aquelas fotos me chocaram, pois vi aquele corpo pequeno sem vida dentro do caixão. O corpo de uma pessoa muito importante e idolatrada por milhões de pessoas em todo o mundo, ali como um simples mortal, aliás, como qualquer outra pessoa.

Também, quando vou ao cemitério, visitar o túmulo de meus pais, sinto-me, sob certo aspecto insignificante, pois vejo muitas pessoas importantes e de muitas posses que, simplesmente, foram esquecidas por seus familiares.

Além disso, vejo alguns amigos meus que se foram muito jovens e isso me lembra que todos nós somos semelhantes, ou seja, passageiros nesse planeta e estamos aqui somente para cumprir uma missão.

Por isso, quando o meu ego me diz que sou um pouco diferente ou até melhor do que alguém, em alguma coisa (aspecto), me recordo dessas passagens em minha vida e, com isso, meu ego rapidamente silencia.




José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite



 
 
 

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