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Fábula da incompetência

  • Foto do escritor: José Tejada
    José Tejada
  • 13 de out. de 2020
  • 3 min de leitura

Dois funcionários de uma empresa que eram muito competentes estavam comentando sobre como era difícil subir na empresa, mesmo apresentando resultados muito acima da média.

Eles, na verdade, estavam muito chateados (tristes), pois, em hipótese alguma, eram valorizados. Na verdade, quem subia na hierarquia nessa empresa eram os funcionários que bajulavam os chefes ou os amigos dos mesmos.

O fato é que, nessa empresa, não havia qualquer aspecto meritocrático, embora os seus dirigentes, no seu discurso, dessem a entender nas entrelinhas que a competência era muito importante e valorizada nessa empresa (risos).

A verdade é que esses dois funcionários excelentes se negavam a se tornar bajuladores (falsos) para subirem na hierarquia.

Porém, um deles resolveu fazer um experimento. Ele começou a bajular os seus superiores e, também, deixou de se dedicar de corpo e alma para a empresa. Com isso, o seu trabalho caiu muito em termos de qualidade, pois o mesmo se preocupava muito mais em “lustrar” o enorme ego de seus superiores do que realmente trabalhar. Na verdade, essa bajulação também se baseava em sempre concordar e apoiar todas as ideias da diretoria, por mais estapafúrdias e absurdas que fossem as mesmas.

O mais incrível é que, devido ao seu comportamento, esse funcionário, com o tempo, acabou galgando vários degraus na hierarquia dessa empresa, ou seja, o seu puxa-saquismo começou a ser reconhecido. Logicamente, o seu colega que se negava a se tornar um bajulador de carteirinha (falso) e continuava desempenhando muito acima da média, estava na mesma.

O tempo foi passando até que o funcionário que havia se tornado um exímio bajulador chegou à direção da empresa, ou seja, finalmente, o seu “trabalho” havia sido realmente reconhecido (risos).

Como era de se esperar a empresa fazia um bom tempo estava em uma situação cada vez mais difícil, pois além de estar extremamente inchada pelo fator QI (quem indica), a sua competitividade decaia continuamente, já que nos cargos estratégicos havia simplesmente uma legião de incompetentes.

Foi quando a empresa, finalmente, resolveu fazer uma verdadeira limpa, ou seja, demitir em massa, como a última alternativa possível pela situação presente.

Porém, como a empresa prezava, em primeiro lugar, pelo fator político ou de amizade, os mais competentes é que foram demitidos (sacrificados) e nessa lista estava aquele funcionário excelente.

Quando ele recebeu a notícia, foi falar com o seu antigo colega de departamento que estava agora na diretoria, para pedir uma força, ou seja, que ele pudesse reverter a sua demissão, pois apesar de tudo, esse funcionário excelente adorava o seu trabalho (função).

O diretor ouviu o que o seu antigo colega falou em silêncio e, depois, falou que ele tinha aprendido que a única maneira de subir em uma empresa incompetente e que não preza pela meritocracia, era se tornando um ótimo bajulador e interesseiro.

Além disso, se você quiser subir numa empresa desse tipo, você não pode, em hipótese alguma, desempenhar de uma forma excelente, já que você vai ganhar muitos inimigos que irão morrer de inveja (ciúme) e tentarão de todas as formas “puxar o seu tapete”.

Veja o meu caso: Sempre prezei pela excelência e nunca fui reconhecido aqui dentro, até que me dei conta que numa empresa incompetente o que menos conta é o resultado e, sim, o fator político (pessoal).

Felizmente, eu mudei a tempo e hoje eu sou diretor dessa empresa. Já você continuou na mesma e, por isso, vou ter que demitir, não tem volta!

E complementou: Acontece que, com o tempo e pela convivência com outros colegas incompetentes, acabei me acostumando a essa vida fácil (trabalhar pouco, focando somente na questão política e pessoal), ou seja, a incompetência acabou de certa forma me conquistando.

Aliás, hoje penso que é muito mais interessante (dá muito menos trabalho pelo menos) ser incompetente do que me superar (esforçar) a cada dia para ser excelente.

Além disso, acabei pegando uma verdadeira ojeriza (raiva) de quem é excelente ou quer fazer a diferença em uma empresa! E esse é, infelizmente, o seu caso!


José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach: Http://google.com/+josetejadaprofessor, jrcdteja@ucs.br

 
 
 

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