Gente para “encher o saco”!

Quem trabalha em empresa sabe que alguns dias, o stress pode ser muito elevado (intenso), já que os problemas afloram de todos os lados possíveis e inimagináveis muitas vezes.

Como sempre comento em aula, não é muito fácil trabalhar em empresa, pois, infelizmente, sempre tem gente que não faz muita coisa (corpo mole), mas, na hora de “encher o saco” são os primeiros da fila (risos).

O pior é que, também, existem pessoas em nossa vida, que têm o mesmo comportamento. Essas pessoas, geralmente, se prestam a bisbilhotar constantemente a nossa vida (ficam vigiando os nossos passos) e, na primeira oportunidade, dão o ar da sua graça, digamos assim.

No fundo, são pessoas que não acrescentam nada em nossa vida, mas fazem questão de estarem presentes, de alguma forma, para o nosso desconforto (às vezes, até desespero).

De outra forma, na empresa, infelizmente, existem pessoas que só sabem cobrar resultado ou que é muito pior, somente se preocupam com picuinhas, embora o seu valor agregado seja pífio em todos os sentidos, mas, essas pessoas estão “protegidas” por um cargo estratégico muitas vezes e, por isso, temos que aguentar esse tipo de gente. Fazer o quê?

O mais interessante é que, justamente, quando estamos mais sobrecarregados, ou seja, temos muitos e complexos problemas para resolver na empresa ou, mesmo em nossa vida, é que essas pessoas teimam em aparecer, somente para tumultuar ainda mais o ambiente, que já está muito “carregado” em todos os sentidos.

A verdade é que precisamos ter muita resiliência (paciência) para nos relacionarmos com esse tipo de gente.

Na empresa, muitas vezes, somos cobrados por pessoas que, simplesmente, não sabem das dificuldades que enfrentamos em nosso dia a dia, pois as mesmas nem mesmo enfrentaram essas dificuldades em sua carreira profissional, mas se julgam no direito de cobrar, sem trégua, as soluções para os problemas.

Recordo-me, certa vez, que um colega de universidade na sala dos professores comentou ironicamente, nas entrelinhas, que era muito “fácil” um professor publicar um livro.

Naquele dia, olhei para ele e pensei: ele não tem ideia do trabalho de publicar um livro.

Aliás, ele nem mesmo sabe de toda a sequência do processo que precisamos percorrer desde a ideia inicial, a maturação da mesma, construção da sequência (partes) do livro e a própria escrita do mesmo, até, finalmente, a sua publicação e, também, de todas as dificuldades enfrentadas em um país onde a educação (cultura), definitivamente, não é prioridade do governo e onde, mesmo em uma universidade, a famigerada “amigocracia” impera em todos os sentidos.

Naquele dia, simplesmente, fiquei quieto e não dei muita bola para a sua total falta de conhecimento, mas deu vontade de perguntar: Se achas tão fácil, porque não publicas o teu (risos)?

A única certeza que tenho é que os verdadeiros amigos em nossa vida e líderes nas empresas, quase sempre, vão nos apoiar (dar força), de alguma forma, em nossos projetos (objetivos), ou seja, simplesmente, jamais vão ter a capacidade de “encher o nosso saco”, como os nossos chefes e desafetos sabem fazer com tanta competência, diga-se de passagem.

Nesses momentos lembro-me com muito carinho de meu pai que sempre dizia: Quem resolve fazer algo na vida, precisa ter em mente que sempre será, inevitavelmente, criticado, pois a coisa mais fácil que podemos fazer é criticar, aliás, qualquer pessoa pode criticar, agora, fazer, é que são elas! Sempre procure estar nas pessoas do primeiro grupo meu filho, ou seja, daquelas que fazem algo!

Finalizando, ouso dar um conselho para as pessoas que só querem “encher o nosso saco” (na empresa ou mesmo em nossa vida): Quem sabe vocês fazem algo de útil na vida de vocês, em vez de tentar achar pelo em ovo (risos)?

José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite