Gestão de talentos!

Acredito que o sonho de toda empresa seja de contar com uma equipe extremamente talentosa em todos os sentidos, pois uma equipe muito talentosa pode se converter em um grande diferencial competitivo para qualquer organização.

Estudos mostram que uma empresa de ponta, obrigatoriamente, possui gente muito talentosa em seu staff, essa é a verdade.

Porém, a realidade é que não é nada fácil, trabalhar com gente talentosa. Verdade!

Em primeiro lugar, gente talentosa pensa, tem um apurado senso crítico, ou seja, baseia suas opiniões em fatos e números; além disso, é extremamente criativa. Em função disso, o líder de uma equipe talentosa precisa ser um ótimo ouvinte entendendo que podem surgir nesse time, inclusive, ideias melhor do que ele mesmo pensou para a empresa.

“Cada um de seus funcionários é único e tem valor; Dê-lhes uma voz e aprenda com suas ponderações.”

Rob Roy, ex-comandante Seal.

Mais do que isso, o verdadeiro líder sabe que numa equipe excelente, ele poderá ter liderados extremamente talentosos, até mesmo, mais talentosos do que ele próprio, por isso, ele deve sempre prezar pela humildade, se ele quer potencializar o desempenho (resultado) dessa equipe.

“Um bom líder nem sempre tem as melhores ideias, por exemplo, mas pode ser ótimo em obtê-las dos demais.”

Rob Roy, ex-comandante Seal.

Enfatizando, o grande desafio de qualquer líder é fazer com que o talento de cada integrante de sua equipe seja potencializado.

Para isso, muitas vezes, o líder vai precisar administrar muito bem os egos dessa equipe, pois, existem pessoas que são extremamente talentosas, mas, infelizmente, possuem um enorme ego. Essas pessoas, geralmente, não sabem trabalhar em equipe, pois pensam que eles são indispensáveis e insubstituíveis, por isso não colocam o seu talento individual em prol da equipe, pensando que podem fazer tudo sozinhos (do seu jeito) e ponto final.

A verdade é que um profissional talentoso precisa saber jogar em equipe, ou seja, fazer com que o seu trabalho beneficie a todos e não somente a ele. E todos nós sabemos que ninguém faz nada sozinho numa empresa, tudo, na verdade, é uma construção em equipe (ou deveria ser).

“Aqueles que acham que sempre sabem o que é certo ou, pior ainda, o que é o melhor, são maus companheiros de equipe e maus líderes”.

Rob Roy, ex-comandante Seal.

No treinamento dos Seals, isso é muito enfatizado, por isso, muitas vezes, candidatos extremamente talentosos individualmente são reprovados, pois não conseguem trabalhar eficazmente em equipe, o que vai prejudicar sobremaneira o desempenho da mesma.

Aliás, penso que administrar talentos é fazer com que esses talentos saibam trabalhar excelentemente bem em equipe, pois, somente assim, o desempenho da mesma será maximizado em todos os sentidos, já que a sinergia vai ser crescente.

O verdadeiro líder sabe que o sucesso da equipe significa o sucesso, em termos individuais, de cada integrante da equipe.

“A patente pode ter privilégios, mas em geral, é irrelevante nas operações.”

Rob Roy, ex-comandante Seal.

Em função disso, no genuíno trabalho em equipe, o que menos importa é a questão hierárquica (aliás, muitas vezes ela só atrapalha).

Em tese, todos na equipe são importantes (essenciais), ou seja, ninguém é mais importante. O líder trata a todos como iguais, na verdade, ele se considera mais um integrante da equipe.

"Liderar significa não colocar a si mesmo acima dos demais. Significa que, se não há camas de campanha para que todos durmam, então todo mundo, incluindo o general comandante, dorme no chão."

Rob Roy, ex-comandante Seal.

Acima de tudo, o líder, também, está muito consciente de que o que mede a competência de uma equipe (e de seu trabalho) é o resultado alcançado e ponto final, por isso, a questão dos créditos deve sempre ficar em segundo plano, já que uma equipe excelente precisa sempre manter um foco constante nos objetivos (resultados) a atingir.

José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite