Gestão participativa
- José Tejada
- 7 de mai. de 2020
- 3 min de leitura
As organizações de ponta já se deram conta de que podem potencializar ainda mais as suas forças adotando um processo de gestão participativa.
Gestão participativa, na verdade, é a capacidade da empresa usar todos os seus “cérebros” de uma maneira muito eficaz.
O fato é que todos, independentemente da hierarquia, podem dar uma contribuição para melhorar a competitividade da empresa em certo sentido.
Logicamente, a organização precisa formatar um ambiente que privilegie a participação de todos no processo de tomada de decisão (pelo menos todos precisam ser ouvidos pela empresa nesse processo).
Nesse ambiente, as pessoas são incentivadas a dar sua opinião, sugerir, até mesmo questionar ou modificar um projeto ou processo. Em função disso, é preciso ter um ambiente de confiança mútua, onde a opinião de todos precisa ser respeitada.
É claro, que isso é uma quebra de paradigma, tanto para a liderança, como para a não liderança. Nesse quesito, o líder precisa ter uma escuta ativa com relação ao seu liderado (ideias e opiniões). Da mesma forma, o liderado, precisa se sentir seguro (segurança interior) para dar a sua contribuição.
Em tese, é muito importante que a equipe objetive chegar a um consenso, a fim de que, as pessoas envolvidas se comprometam e se dediquem ao máximo para atingir os objetivos organizacionais.
A verdade é que quando as pessoas são ouvidas (consideradas), elas tendem a se comprometer na busca e no atingimento dos objetivos propostos pela organização.
Mais do que isso, em um processo de gestão participativa, as pessoas são desafiadas a ter mais responsabilidade para resolver os problemas que estão mais próximos delas e, com isso, evoluir em matéria de aprendizado e experiência (competência).
Em função disso, a qualidade do processo de decisão é bastante melhorada, pois as pessoas mais próximas dos problemas têm o poder de decisão, tendo, geralmente, um melhor um conhecimento do problema em si.
Como consequência, as pessoas, também, serão mais cobradas por terem uma maior responsabilidade na empresa, por isso, eu preciso da presença de um bom clima organizacional (segurança interior e comprometimento individual), pois, nesse processo, acomodação e desmotivação não tem vez.
Além disso, a gestão participativa acaba agilizando todo esse processo, já que quem está mais próximo do problema decide, ou seja, aumenta a velocidade do processo de tomada de decisão na empresa, o que vai influenciar, de uma forma positiva, a sua competitividade da empresa como um todo, pois o mercado não espera.
Atualmente, é a empresa rápida vencendo a lenta e não, necessariamente, a maior vencendo a menor.
É pertinente ressaltar que num processo de gestão participativa é muito interessante que a empresa tenha uma política agressiva de treinamento para que a equipe possa qualificar-se constantemente, ou seja, ritmo de treinamento é essencial.
No fundo, o processo de gestão participativa visa tirar as pessoas da sua zona de conforto, objetivando que a empresa, com o tempo, torne-se uma learning organization (organização de aprendizagem), ou seja, a gestão participativa cria um ambiente onde as pessoas tornam-se desejosas de contribuir para os resultados da organização, através de um aprendizado constante (treinamento). De outra forma, um processo de gestão participativa inclui empowerment (autonomia da linha de frente).
Nesse caso, é interessante que esse empowerment seja gradual, respeitando a curva de aprendizagem do processo, a fim de que o processo possa ser internalizado pela organização.
Em suma, uma organização que consegue implantar com sucesso um processo de gestão participativa tenderá a ter colaboradores, comprometidos, criativos e com perfil empreendedor.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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