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Humildade para aprender sempre!

  • Foto do escritor: José Tejada
    José Tejada
  • 14 de jun. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 16 de jun. de 2023


Relembrando a minha vida, penso que, várias vezes, tive a “coragem” de perguntar o que eu não sabia sobre algum assunto que eu não dominava.

Percebo que, quase nunca, me incomodou não ter um determinado conhecimento e ter que me informar a respeito disso. Aliás, várias vezes eu disse: não sei, podes me explicar?

Acredito que isso, de certa forma, se cristalizou quando eu me tornei “professor”, pois sempre tive em mente que eu precisava continuamente estar aprendendo (perguntando), o que acontece até hoje, diga-se de passagem.

A realidade é que não tenho vergonha em dizer que não sei, pois, acima de tudo, eu quero aprender e melhorar sempre o meu conhecimento (para mim, a vaidade (orgulho) não leva a nada).

Aliás, o fato é que, quanto mais eu estudo e viajo, mais percebo que, infelizmente, menos eu sei, de fato.

A verdade é que gosto de aprender com tudo e com todos e vi, com o tempo, que eu posso aprender com qualquer pessoa, independentemente da sua formação acadêmica ou coisa parecida (afinal, formação acadêmica não garante conhecimento).

Contextualizando, no último feriado fui ao Paraguai rever as famosas e belíssimas Cataratas do Iguaçu e a usina hidrelétrica de Itaipu.

O nosso guia local era muito engraçado e divertido e lembrava muito o Paulinho Gogó (em todos os sentidos). Aliás, ele tinha todo um vocabulário próprio, digamos assim (risos). Ele, também, comentou de que era guia há mais de trinta anos em Foz (desde os 16 anos).

Estávamos em Itaipu, e ele dizia que, à época da construção, inclusive, existia uma fábrica de gelo que fornecia gelo para o concreto da obra e que o gelo (água) tornava o concreto mais forte. Logicamente, isso não é verdade.

O fato é que o concreto tem uma reação exotérmica (libera calor) e como o volume de concreto gerado diariamente na construção da usina era, simplesmente colossal, essa liberação de calor poderia afetar as propriedades dos componentes do concreto e, por consequência, a sua resistência final. Por isso, foi feita a opção de injetar gelo em vez de água no concreto.

Depois da visita à usina, chamei o nosso “Paulinho Gogó” e expliquei isso a ele. Ele não questionou a minha explicação, mas percebi que, no fundo, ele não tinha gostado muito.

Pensei com os meus botões; se ele tiver humildade, ele, com certeza, vai se corrigir perante o grupo de turistas e isso não tem nada demais, afinal todo mundo é passível de erros e equívocos (eu mesmo já falei muita bobagem admito, mas sempre assumi e tentei me corrigir).

No outro dia, continuou a nossa excursão e adivinhem?

Lógico que o “Paulinho Gogó” não se corrigiu (risos).

Ainda por cima, eu ouso apostar que ele vai continuar dizendo para os turistas que a água (gelo) aumenta a resistência do concreto, até quem sabe, outro engenheiro chato (como eu), tente dizer para ele que isso não se verifica (se é que já não falaram isso para ele (risos)).

Concluindo, acredito que não devemos ter receio de aprender, de perguntar sobre algo que não sabemos, já que o mais importante é aprendermos todo o dia, afinal, ninguém sabe tudo de determinado assunto, independentemente da sua experiência ou formação acadêmica. Mas, para isso, precisamos prezar pela humildade (sempre), uma característica raríssima hoje em dia, numa sociedade repleta de “especialistas” nos mais diversos assuntos (risos).



José Tejada


Professor universitário, psicanalista, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite





 
 
 

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