Maldade ou estupidez?

Quem não teve a “honra” de trabalhar com um chefe, eu pergunto?

Como sempre escrevo, todo o chefe se diferencia enormemente de um líder, pois o chefe somente sabe cobrar resultado, mas ele não consegue inspirar (motivar) a sua equipe, pois não é um bom exemplo, ou seja, ele só é bom no discurso, mas o seu comportamento (exemplo) sempre, invariavelmente, o contradiz.

O mais absurdo é que quase todo o chefe que se preze não vê com bons olhos os talentos e, por isso, muitas vezes, passa a persegui-los de todas as formas.

Na realidade, o chefe nunca preza pela meritocracia, pois ele prefere “encaixar” sempre os seus amigos ou, o que é ainda pior, as pessoas que podem beneficiá-lo de alguma forma na empresa, ou seja, no fundo, ele é um tremendo interesseiro.

Logicamente, os talentos acabam sendo muito prejudicados; o que contribui fortemente, para a perda da competitividade da empresa como um todo.

A verdade é que o chefe não se importa em prejudicar a sua própria organização pelo fator pessoal. Isso demonstra, muitas vezes, a sua estupidez, pois, no futuro, o seu próprio cargo poderá estar a perigo, afinal uma empresa vive de resultados e, quando os mesmos não aparecem, a redução de pessoal é inevitável.

Por outro lado, esse comportamento pode também revelar a sua maldade (má índole) em prejudicar por vontade própria (ele tem consciência disso) as pessoas que fazem a diferença na empresa.

Logicamente, penso que esses chefes, “no fundo”, morrem de inveja e ciúme pela performance (resultado) dos mais talentosos e, por isso, muitas vezes, querem disfarçar esse sentimento, de todas as formas, através da sua competente hipocrisia e falsidade.

O fato é que temos que ter muito cuidado, já que, na primeira oportunidade, esses chefes, com certeza, vão “esfaquear pelas costas”, sem dó nem piedade, os mais talentosos.

Inclusive, penso que, alguns chefes, conseguem ser malvados e estúpidos ao mesmo tempo, pois além de estarem conscientes de seus atos, também sabem que vão prejudicar a própria empresa, mas, mesmo assim, não mudam o seu comportamento, pois o mais importante é, com certeza, boicotar (prejudicar) os talentos, não importando o preço a ser pago por isso.

José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite