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No limite

  • Foto do escritor: José Tejada
    José Tejada
  • 22 de jul. de 2021
  • 3 min de leitura

Analisando a última edição de No Limite, que passou na televisão recentemente, pude perceber que, do ponto de vista comportamental é um programa bastante interessante.

Confesso que comecei a assistir o programa nas terças à noite, mais para apreciar a bela paisagem da Barra da Sucatinga, que se localiza no município de Beberibe no Ceará, que é simplesmente espetacular.

Aliás, aquelas falésias a beira mar são simplesmente um grande espetáculo da natureza em todos os sentidos. Quem já foi à praia de Morro Branco sabe do que eu estou falando.

Inicialmente, as pessoas são divididas em duas equipes que competem por uma prova diária. A segunda prova é a da imunidade, ou seja, a equipe que perder terá que votar em um de seus integrantes para deixar a equipe e a disputa.

O mais interessante é que, na parte inicial do programa, as equipes prezam, acima de tudo, pela meritocracia, ou seja, quase sempre, eliminam o mais fraco da equipe.

A meritocracia, também, se faz presente quando alguma equipe tem que deixar alguém de fora de uma prova pela questão do desequilíbrio do número de integrantes de cada equipe. Nesse caso, também, os “menos talentosos”, digamos assim, são deixados na reserva.

E por que isso acontece você pode me perguntar?

A explicação é muito simples; todas as duas equipes querem vencer as provas para continuar no programa. Em função disso, o aspecto pessoal ou de amizade fica em segundo plano, pois o mais importante é o objetivo a atingir e ponto final!

Paradoxalmente, de uma forma geral, infelizmente, a cultura meritocrática não está presente nas empresas brasileiras.

Aliás, temos uma cultura de, digamos assim, ”encaixar” os nossos amigos, que quase sempre não são os profissionais mais competentes. Particularmente, chamo isso de “amigocracia”, ou seja, o que realmente conta é o grau de amizade ou interesse (o que vou ganhar com isso).

Comparando com o futebol, algumas empresas, inclusive, insistem em jogar com os seus “reservas”, deixando os seus craques (os mais talentosos) simplesmente no banco de reservas. E, ainda por cima, objetivam se destacar num mercado caracterizado por uma concorrência cada vez mais feroz.

Em função disso, na parte inicial do programa vemos as equipes realmente trabalhando em equipe, muito comprometidas e motivadas, ou seja, todos estão imbuídos em alcançar o objetivo traçado (vencer a prova).

Por outro lado, na parte final do programa, as duas equipes se reduzem a uma só pelo número reduzido de participantes. E é aí justamente que a meritocracia é completamente esquecida.

Nessa parte do programa, percebe-se todo o tipo de conchavos e alianças para permanecer na disputa.

Mais do que isso, a questão ética e moral é posta à prova em todos os aspectos.

Inclusive, existem conchavos (intrigas) para eliminar os melhores (mais talentosos), pelo medo da concorrência na disputa final. Nessa parte do programa, verifica-se um verdadeiro salve-se quem puder.

Para fechar com “chave de ouro” o programa, os telespectadores escolhem entre os dois participantes restantes, o vencedor do programa.

De outra forma, a Globo não se contenta em somente “enterrar” a meritocracia e, simplesmente, sem dó nem piedade, consegue “enforcá-la” em praça pública, para o deleite da grande maioria da assistência.

Infelizmente, isso também acontece em algumas empresas, onde os talentos despertam sentimentos de inveja e, até despeito (ofensa), em vez de gerar sentimentos de admiração, valorização e reconhecimento.

Talvez, isso ocorra, porque o verdadeiro talento é algo muito raro hoje em dia e a meritocracia, de uma forma geral, em nossa sociedade, é algo que, muitas vezes, não passa de discurso.






José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach: Http://google.com/+josetejadaprofessor, jtejada@terra.com.br





 
 
 

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