Não podemos graduar a dor de ninguém!
- José Tejada
- 5 de set. de 2022
- 1 min de leitura
Depois que conclui minha formação em psicanálise, aprendi que não posso e nem devo graduar a dor de ninguém.
O fato é que a dor é um sentimento estritamente individual (interno) e vai variar de pessoa para pessoa.
Aliás, externamente para algumas pessoas, aquela dor pode parecer mínima, mas, para a pessoa pode ser simplesmente excruciante em todos os sentidos. Em função disso, o psicanalista nunca gradua e, muito menos, julga a dor do seu paciente.
A realidade é que as pessoas reagem de uma forma muito diferente com relação às suas frustrações, medos, problemas, dificuldades, etc. Aliás, cada pessoa é um universo à parte (diferente).
Mais do que isso, só a pessoa em seu íntimo pode realmente graduar a sua dor. Ninguém mais pode ter noção disso, pois as pessoas apresentam uma constituição psíquica muito diferente.
A realidade é que o que pode abalar emocionalmente uma pessoa, em outra, talvez, esse fato seja considerado pela mesma até normal, e por isso, possa ser superado sem muitos traumas (dificuldades).
Por isso, precisamos estar conscientes de que não podemos e devemos julgar a dor de ninguém, já que cada pessoa tem uma personalidade própria, ou seja, é um ser à parte.
Talvez, esse tenha sido um dos maiores aprendizados em minha formação de psicanalista clínico.
Aliás, preciso confessar que, anteriormente, eu não entendia e, o que é pior, também julgava a dor de algumas pessoas, pois para mim, as mesmas eram mínimas.
Hoje, como psicanalista, tenho um olhar completamente diferente sobre isso, pois aprendi a respeitar muito a dor de todas as pessoas com que eu convivo.

José Tejada
Professor universitário, psicanalista, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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