Não tem como se sentir bem!

Todos sabem que a pandemia afetou de várias maneiras as vidas das pessoas em todo o mundo. Nesse momento de tantas dificuldades, principalmente em nosso em nosso Estado, é muito difícil estar ou mesmo se sentir bem.

Quem me conhece sabe que sempre tento manter um alto astral e sou muito bem humorado, pois sou muito grato a tudo que a vida já me proporcionou (tenho bastante consciência disso). Sei que sou muito privilegiado em todos os sentidos, essa é a verdade. Porém, tem me dado uma grande tristeza ultimamente, pelas dificuldades enfrentadas por nossa população nessa pandemia.

O fato é que não consigo me sentir bem, vendo pessoas perderem seus entes mais queridos, sem que seja dado um atendimento adequado. Pessoas que morrem nas filas esperando por um quarto de hospital ou leito de UTI.

Andando nas ruas vejo o comércio fechado e vários imóveis para alugar na principal rua da minha cidade e isso me entristece sobremaneira, pois sei como a atividade econômica (empreendedora) é importante para qualquer sociedade.

Além disso, também me entristece, atualmente, a lentidão do governo na compra de vacinas (além da inexplicável falta de interesse da aquisição das mesmas no início da mesma), aliado ao mau exemplo de algumas autoridades em público e, principalmente, os desvios de verbas em diversos estados para outros fins sem qualquer relação ao combate da pandemia.

A verdade é que verbas o nosso país possui, pois pagamos impostos de primeiro mundo, já que a nossa carga tributária é escorchante, porém a ética e moral das autoridades em geral, deixa muito a desejar.

Também, é preciso ressaltar que, parte do povo não ajuda, pois vejo pessoas ainda não usando máscaras na rua e frequentando festas clandestinas sem se preocuparem nenhum pouco com os outros.

E o pior: nosso país está dividido politicamente, onde muitas pessoas simplesmente perderam totalmente o senso crítico, defendendo o indefensável.

Em todo esse contexto, o que sobra é a tristeza com o comportamento da maioria das pessoas. De todas as formas, penso que apesar disso, ainda temos que nutrir alguma esperança fazendo, pelo menos, a nossa parte na sociedade, o que pode nos proporcionar alguma paz de espírito, apesar de toda a nossa decepção e tristeza com a situação vigente.

José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante, mentor e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite