Níveis de motivação

Já escrevi muito sobre a real importância da motivação em nossa vida.

O fato é que existem diferentes níveis de motivação e precisamos estar atentos às diferenças entre os mesmos, pois a motivação pode se constituir em nosso grande diferencial, tanto em termos pessoais como profissionais.

Inicio a minha análise pelo profissional altamente motivado. Quando estamos extremamente motivados, a nossa energia está no ápice e todos os nossos desafios ou problemas passam a ser vistos como grandes oportunidades de aprendizado. Estamos tão energizados que as dificuldades podem até passar quase despercebidas.

A realidade é que o profissional altamente motivado vai conseguir contagiar toda a sua equipe com o seu alto-astral, ou seja, ele vai conseguir influenciar o clima organizacional da empresa.

Além disso, quando estamos de alto-astral passamos a encarar os problemas de uma forma muito mais leve, produtiva e,também, inteligente, pois estamos mais propensos a usar o nosso potencial criativo.

O fato é que o bom humor acompanha a criatividade. Por isso, quando estamos bem humorados tendemos a ser muito mais criativos, o que pode nos ajudar sobremaneira na resolução de nossos problemas.

Na realidade, o profissional altamente motivado, acima de tudo, ama o seu trabalho (profissão), por isso, a sua motivação é contagiante, pois trabalha na sua vocação.

Infelizmente,constato que, atualmente,esses são profissionais muito raros no mercado de recursos humanos, pois poucas pessoas trabalham na sua vocação.

Já o profissional apenas motivado apresenta uma energia inferior, mas está imbuído para resolver os problemas, ou seja, ele sabe que precisa dar “conta do recado”.

Esse profissional não vai conseguir contagiar a sua equipe, pois a sua energia não vai transparecer com tanta facilidade, como no caso do profissional altamente motivado e, por isso, o nível de energia da equipe não vai ser muito influenciado, assim como o clima organizacional da empresa em si.

Aliás, em alguns casos, esse profissional nem é mesmo bem humorado, porém ele gosta de seu trabalho, por isso seu resultado é, geralmente, interessante para a empresa.

Finalizando, temos o profissional “motivação zero” ou desmotivado (risos). Esse profissional causa um prejuízo enorme para a empresa (prejuízo não contabilizado), pois contamina o ambiente, ou seja, é capaz de desmotivar os seus colegas com a sua baixa energia.

Ele, inclusive, acaba afetando o clima organizacional, pois, quase sempre, vive se queixando de tudo e projetando um futuro muito sombrio para a empresa.

Consequentemente, ele pensa que todos os problemas enfrentados, simplesmente, não têm solução e que a empresa não tem futuro.

O profissional “motivação zero”, acima de tudo, odeia o seu trabalho, seu chefe, até algumas vezes, até a sua empresa, mas ele sabe que precisa trabalhar (sofrer), afinal todos temos compromissos a cumprir (contas a pagar).

O fato é que esse profissional, de certa forma, está muito presente nas organizações de uma forma geral, já que a grande maioria das pessoas não gosta efetivamente de seu trabalho, ou seja, não está de coração no seu emprego (função).

Aliás, todas as pesquisas apontam para esse fato.

Além disso, os profissionais altamente desmotivados prejudicam a empresa em todos os sentidos, já que a sua produtividade deixa muito a desejar.

Em um processo de coaching é muito importante que o coach avalie o nível de motivação de seu coachee em busca do atingimento do objetivo smart, pois isso vai influir sobremaneira na eficácia do processo como um todo.

José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite