O chefe “enrolão”!
- José Tejada
- 29 de jul. de 2019
- 2 min de leitura
O chefe “enrolão” é muito presente nas organizações que não prezam pela meritocracia. O fato é que qualquer “enrolão” não terá uma vida longa em um ambiente meritocrático, onde o que interessa é o resultado e a performance dos colaboradores.
Abaixo tentarei caracterizar o que vem a ser um chefe “enrolão”.
Em primeiro lugar, esse chefe diz que está extremamente ocupado, principalmente, com reuniões. É reunião para todo o lado. É verdade que não se sabe qual o resultado efetivo dessas reuniões, mas a agenda desse chefe sempre está “cheia” digamos assim. Em função disso, ele quase não responde e-mails, a não ser que seja de um superior hierárquico (risos).
Inclusive em seu aplicativo, ele configura o mesmo, para que ninguém possa perceber se ele visualizou as mensagens enviadas.
Outro traço característico de um “enrolão” é sempre se queixar que está sobrecarregado de trabalho. Apesar de vermos esse chefe, muitas vezes, jogando conversa fora, tomando cafezinho e contando piadas para alguns colaboradores que se dispõe a ouvi-lo (seus puxa-sacos).
O mais interessante é que quando o chefe “enrolão” está em sua sala, ele sempre está na frente de seu computador com um semblante bastante sério, mas não se sabe exatamente o que está fazendo. Talvez, esteja atualizando a sua rede social (risos).
Na realidade, esse chefe está comodamente estacionado em seu “porto” (zona de conforto), sendo que a sua âncora pesa muitas toneladas.
Além disso, esse chefe está sempre protelando as suas decisões, pois ele não gosta de assumir nenhuma responsabilidade, por isso, como o próprio nome diz está sempre “enrolando” em matéria de trabalho.
Como profilaxia para lidar com esse chefe; eu aconselho que você sempre “cobre” o mesmo, pois se não ele vai enrolar você sempre ou, se for esperto, ainda por cima, vai tentar manipulá-lo.
Nas empresas onde a incompetência impera, vemos, infelizmente, uma legião de chefes “enroladores”, aliás, esses chefes adoram pessoas como eles, pois, assim, ninguém vai cobrar muita coisa em termos de trabalho ou resultado.
Porém, o mercado não perdoa, já que, devido à acirrada concorrência, somente as organizações mais competentes terão alguma chance de sobrevivência no futuro, por isso, o resultado é o que efetivamente conta em um mercado competitivo, afinal, nenhuma organização consegue “enrolar” o mercado.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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