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O chefe insidioso!

  • Foto do escritor: José Tejada
    José Tejada
  • 23 de jun. de 2020
  • 3 min de leitura

Insidioso quer dizer aquela pessoa que vive armando ciladas para os outros a fim de sempre se dar bem; uma pessoa extremamente ardilosa, traiçoeira, enganadora, falsa e, acima de tudo, inconfiável.

Infelizmente, já convivi com um chefe desse perfil.

No início, ele me passava uma ideia de um profissional extremamente competente em todos os sentidos, mas, com o tempo, pude perceber, com exatidão, que não passava de um grande charlatão ou embusteiro.

Na verdade, ele possuía um cargo de liderança, mas tinha todo um “séquito” para fazer o trabalho por ele.

Aliás, se ele pudesse, eu penso que ele iria fazer com que esse mesmo “séquito” o carregasse em sua liteira, todo o dia, desde o estacionamento, até a sua sala na empresa (risos).

No fundo, esse chefe era um grande fanfarrão, que não economizava em bravatas de todo o tipo para alardear, aos quatro ventos, a sua enorme “competência” e “experiência”.

Porém, efetivamente, ele não trabalhava, ou seja, o seu valor agregado para a organização era nulo, pois tudo era feito pelo seu séquito que, ainda por cima, não era reconhecido (valorizado) por ele.

Além disso, ele vivia bajulando, incansavelmente, os seus superiores hierárquicos para causar uma boa imagem e permanecer na organização.

Em tese, eu penso que a diretoria não enxergava a realidade ou porque era cega ou porque, também, era incompetente. Talvez pelos dois motivos (risos). Na realidade, para ser sincero, essa é uma dúvida que permanece comigo, até hoje.

O mais interessante é que ele também “bajulava” os seus colaboradores. Sim! Ele sempre cumprimentava e dava, até, um tapinha nas costas de cada um, mas na hora h, ele não estava nem aí para reconhecer verdadeiramente um excelente trabalho ou mérito, o que contava era o fator político, ou seja, o seu próprio interesse pessoal. Mas, como toda a máscara cai um dia; acabei me dando conta da sua real “competência”, na verdade, da sua colossal incompetência em todos os sentidos!

Porém, o mais engraçado era que esse chefe tinha um ego tão grande (inflado) que não se dava conta de que as pessoas, com o tempo, se davam conta da sua real capacidade (incompetência). Em função disso, ele vivia pagando micos (fazendo besteiras) de toda a ordem, para o divertimento dos que estavam ao seu redor.

Inclusive, ele tinha uma secretária que era uma estúpida e arrogante em todos os sentidos (arrogante como ele, diga-se de passagem).

Um dia, comentei com ele: Chefe! Nós temos um problema ali na frente. A sua secretária, penso, deixa muito a desejar em termos de atendimento.

Ele me olhou bem nos olhos, e me disse, com muita convicção: Tejada, tu estás enganado! Ela é extremamente competente em todos os sentidos!

Olhei de volta e percebi em seus olhos uma verdadeira (grande) paixão por aquela secretária que deixava muito a desejar, porém, todos nós sabemos que qualquer pessoa apaixonada é cega (risos)!

Logicamente, além da paixão, rolava uma identificação de parte a parte, pois o semelhante atrai o semelhante, essa é a realidade.

O fato é que essa secretária era extremamente parecida com ele, ou seja, gostava de armar ciladas de toda a ordem para os seus desafetos e vivia bisbilhotando a vida dos outros para criar as mais diversas intrigas e fofocas.

Além disso, era de uma falsidade gritante, pois podia te cumprimentar com um sorriso escancarado, mas era só você dar as costas, que ela já estava com o seu punhal em riste!

No fundo, me dei conta, com o tempo, que, realmente, esse meu chefe merecia essa criatura travestida de secretária ou vice-versa, não sei...

Acima de tudo, eu aprendi, com esse chefe insidioso, o que eu jamais deveria fazer em termos de liderança, afinal, as pessoas, mais cedo ou mais tarde, acabam se dando conta de realidade, ou seja, toda a “máscara” um dia cai ou é simplesmente arrancada!

Por isso, aprendi que o verdadeiro líder precisa ser uma pessoa inspiradora e que sirva de exemplo para as outras em todos os sentidos.

O líder que se preze, simplesmente, se nega a usar qualquer tipo de “máscara”, pois ele opta sempre pela transparência em suas decisões e comportamentos, sendo sempre assertivo com a sua equipe de trabalho.






José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite

 
 
 

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