O “falcatrua” e a honestidade!
- 7 de out. de 2019
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Infelizmente, como já escrevi várias vezes, ainda está muito vigente em nossa sociedade, a famosa moral do oportunismo, onde os agentes individuais somente pensam em seu benefício próprio, esquecendo totalmente da questão coletiva (altruísmo).
Nesse contexto, vemos que a maioria das pessoas, esqueceu o que é integridade, ou seja, a tradução da fala (discurso) em ato, ou seja, fazer o que se prega.
Na verdade, desde a minha infância, fui educado por meus pais, com a premissa que o mais importante e o que sempre vai falar mais alto é o nosso comportamento (atitudes). O nosso discurso sempre estará em segundo plano, pois o que todos percebem é o ato em si.
Agora, o que me chama mais à atenção é que, todo o “falcatrua” que se preze, fala muito em honestidade. Verdade! Reparem a maioria dos políticos que sempre, no seu discurso, usam determinadas palavras como: transparência, ética, probidade que significam,em suma, honestidade.
Aliás, penso que a honestidade deveria ser um pré-requisito de qualquer pessoa, mas, infelizmente, nos dias atuais, converteu-se em uma virtude.
Por isso, desconfio muito das pessoas que estão sempre falando em honestidade ou ética.
Como escrevi anteriormente, se o meu comportamento prezar pela ética e moral, eu nem precisaria me preocupar com o meu discurso, afinal, os meus atos falarão muito mais alto do que as minhas palavras.
Agora se o meu comportamento não é baseado na virtude (ética e moral); bem, nesse caso, vou precisar “afiar” bem o meu discurso, para convencer (enganar ou manipular) as pessoas de que eu sou uma pessoa “confiável”.
De outra forma, se me comporto como uma pessoa ética, eu não preciso falar absolutamente nada, pois terei credibilidade de sobra para cobrar o mesmo de meus colegas e amigos. Acima de tudo e o que é maravilhoso é que, nesse caso, terei moral para cobrar dos outros o mesmo comportamento, caso contrário, serei motivo de chacota ou piada. As pessoas comentarão entre si: Quem ele pensa que é para cobrar aquilo que ele não faz?
Por isso, ouso aconselhar: sempre preze pelo seu comportamento (atitude); já o seu discurso sempre ficará em segundo plano, afinal, falar é muito fácil, qualquer um pode fazê-lo.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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