O gestor como um piloto de um avião!
- José Tejada
- 5 de jan. de 2022
- 2 min de leitura
Sempre admirei a profissão de piloto de avião e, com o tempo, acabei nutrindo uma enorme gratidão por esses profissionais, já que a minha vida, muitas vezes, esteve, literalmente em suas mãos.
Aliás, sempre que eu entro em um avião, eu confio na capacidade do piloto, pois, por mais tecnológico que seja um avião, ele não é capaz de decolar e aterrissar, sem o trabalho competente desse profissional.
Logicamente, existem pilotos mais competentes do que outros indiscutivelmente, aliás, como acontece em qualquer profissão.
Por exemplo, eu já tive o grande prazer de voar com pilotos que executavam uma aterrissagem extremamente suave (quase uma carícia no solo, eu diria) em todos os sentidos, apesar do grande porte do avião.
Por outro lado, algumas vezes, me senti como um saco de batatas em algumas aterrissagens (risos).
O fato é que me parece muito apropriado a comparação de um piloto com a de um gestor.
O gestor, penso, precisa ter horas de voo, ou seja, experiência comprovada.
Na realidade, a qualidade da sua experiência vai fazer com que ele mantenha o seu equilíbrio emocional nos momentos de grande dificuldade ou tensão.
De outra forma, ele vai conseguir tomar as melhores decisões nos momentos mais complexos e complicados (críticos), onde a organização pode estar correndo sérios riscos.
Além disso, o gestor, assim como o piloto de avião, precisa ter em mente a sua grande responsabilidade, pois as principais decisões (diretrizes) estarão sob a sua responsabilidade, ou seja, o sucesso da organização vai depender muito da qualidade das suas decisões.
Logicamente, o gestor sabe que precisa levar a empresa com segurança a um destino seguro, com um mínimo de sobressaltos para todos os colaboradores.
Mas o que mais me impressiona (até me intriga) é que, às vezes, pessoas sem muita experiência (horas de voo), sem liderança e sem conhecimento específico (treinamento), são escolhidas pelo fator político ou pessoal para administrar grandes empresas. Mal comparando, seria como escolher um piloto que é um simples autodidata para fazer voos internacionais, ou seja, provavelmente esse piloto vai ter, no mínimo, enormes dificuldades para levar toda a tripulação em segurança ao seu destino final.
Por isso, toda a organização que se preze precisa ser meritocrática, até por uma questão de sobrevivência ou competitividade nos tempos atuais de acirrada concorrência, já que se o seu “piloto” não for muito competente, provavelmente o seu “avião” (empresa) não vai chegar ao destino final (vai cair).
Pense nisso e reflita muito sobre o piloto que você vai escolher para comandar a sua organização nesses tempos tão complexos e difíceis.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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