top of page
  • Twitter Social Icon
  • LinkedIn Social Icon
  • Facebook Social Icon
Buscar

O mercenário

  • Foto do escritor: José Tejada
    José Tejada
  • 28 de dez. de 2019
  • 2 min de leitura

O mercenário é outro perfil muito presente em uma organização incompetente, visto que algumas empresas, equivocadamente, pensam que o colaborador somente é motivado por dinheiro ou por recompensas materiais.

No dicionário,a palavra mercenário significa, pessoa que age ou trabalha apenas por interesse financeiro ou alguma vantagem material, interesseiro, venal.

O fato é que as recompensas materiais motivam, mas são passageiras ou efêmeras, pois são de caráter externo. Além disso, elas funcionam bem somente em tarefas repetitivas, ou seja, aquelas que o colaborador não precisa usar a sua criatividade.

Já para as tarefas que exigem criatividade, os estudos mais recentes mostram que as motivações mais eficazes são as internas, ou seja, as que partem da pessoa, como a satisfação em realizar a tarefa em si (trabalhar em sua vocação - gostar do que se faz).

Logicamente,a maior motivação do mercenário é o dinheiro e ponto final, ou seja, ele, mesmo bem remunerado, muito dificilmente, irá atingir uma excelência em termos de desempenho, pois, verdadeiramente, não ama o seu trabalho. Muito menos será capaz de inovar em sua função e, hoje, sabemos que a questão de inovação para qualquer empresa no mercado é considerada o maior fator de competitividade empresarial.

Para não ser mal interpretado, sou a favor que as empresas tenham uma política agressiva em termos de remuneração, mas, infelizmente, elas não são capazes de “comprar” a excelência, pois a mesma está ligada intimamente a vocação do colaborador.

Logicamente, precisamos, mais do que nunca, de colaboradores vocacionados que estejam de coração em seu trabalho e não de mercenários que sempre coloquem, em primeiro lugar, a sua remuneração.

O mais engraçado é que o mercenário sempre quer ganhar mais, na verdade, ele é um eterno insatisfeito com a sua própria remuneração. E ele age assim, pois precisa compensar a sua frustração com a sua função; para tanto, ele precisa ser muito bem remunerado.

A verdade é que conheci vários mercenários em todas as organizações que trabalhei e pude verificar que nenhum deles era excelente naquilo que fazia, pois não estavam realmente comprometidos com o seu trabalho. Não “colocavam” o seu coração na execução de suas tarefas, pois a maior preocupação era sempre o retorno financeiro.

Além disso, infelizmente, pude verificar que quase todo o profissional mercenário se tornava, com o tempo, um grande puxa-saco (bajulador) da liderança, pois queria, de todas as formas, aumentar a sua remuneração.

Mais do que isso, infelizmente, o mercenário, geralmente, se prestava a fazer qualquer favor para o seu chefe, independentemente do que ele pedisse, ou seja, todo o mercenário se convertia,por interesse financeiro, em um fantoche de seu chefe (risos).

Já os profissionais excelentes que tive o privilégio de trabalhar, sempre demonstravam, em primeiro lugar, sua paixão pelo trabalho. A recompensa pecuniária era, simplesmente, uma consequência do seu trabalho. Esses profissionais eram,quase sempre, líderes por excelência, ou seja, inspiravam os outros através de seu exemplo.

Já os mercenários não eram exemplo de nada, pois somente pensavam em seu interesse próprio.

Infelizmente, em organizações incompetentes, existe uma proliferação de mercenários, já que essas empresas ainda pensam que o homem indolente de Taylor, que somente era movido por recompensas materiais, ainda está muito presente no ambiente organizacional nos dias de hoje! Será?












José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite

 
 
 

Comentarios


  • Grey Twitter Icon
  • Grey LinkedIn Icon
  • Grey Facebook Icon

© 2023 by Talking Business.  Proudly created with Wix.com

Thanks for submitting!

SIGN UP AND STAY UPDATED!
bottom of page