O pedinchão!

Um dos significados da palavra pedinchão, no dicionário, condiz com aquela pessoa que sempre pede algo de maneira insistente ou inconveniente.

Meu pai sempre me alertava a não ser um pedinchão de carteirinha, por isso, talvez, eu tenha me acostumado a não pedir nada aos meus pais e aceitar, de bom coração, tudo aquilo que eles poderiam me proporcionar, independentemente do que fosse.

Porém, acredito que seja impossível que, em nossa vida, não nos deparemos com algum amigo ou mesmo colega de trabalho, que não seja um pedinchão por natureza.

Pedinchão é aquele colega que, por exemplo, sempre sai com pouco dinheiro para um happy hour com o pessoal da empresa e diz para você quando a turma está rachando a conta: Podes me emprestar que depois te pago?

O mais interessante é que, geralmente, o pedinchão nunca se lembra desse “empréstimo” que fizestes para ele e, da próxima vez, ele, provavelmente vai escolher outra vítima (risos).

Outro tipo de pedinchão é aquele colega de trabalho que está atolado em empréstimos e dívidas, por isso, nunca tem dinheiro para nada. Por amizade e, muitas vezes, até por pena, você “empresta” seu dinheiro para ele. Lógico, que ele, normalmente, não te paga e depois esse empréstimo acaba caindo no esquecimento (pelo menos para ele).

Também você deve se lembrar daquele pedinchão do tempo do colégio que ficava com sua caneta, lápis ou borracha, pois nunca levava o seu material completo para a aula (risos).

O fato é que o pedinchão, muitas vezes, é uma pessoa que se acostumou a depender dos outros e não fazer a sua parte para melhorar a sua vida pessoal (financeira).

O pedinchão de carteirinha, no fundo, pode acabar chegando à conclusão que os outros sempre precisam o ajudar e ponto final, e isso não é verdade. O fato é que ninguém tem a obrigação de ajudar ninguém; ajudamos por uma questão de solidariedade, amizade ou, até mesmo, por pena.

Inclusive, alguns pedinchões se fazem de coitadinhos para levar vantagem ou manipular as pessoas de bom coração. Esses pedinchões são oportunistas e, por isso, precisamos ter muito cuidado com eles para não cair em sua lábia (argumentação).

Acima de tudo, precisamos entender que nós mesmos somos os grandes responsáveis pelo sucesso e, também, insucesso de nossa vida pessoal e profissional.

Não podemos tentar colocar a culpa de nossos problemas em outras pessoas ou nas circunstâncias da vida, afinal, acredito que as desculpas são as maiores armas dos incompetentes!

O fato é que não existe verdadeiro sucesso sem um trabalho inteligente, fruto de muita dedicação e esforço! Essa me parece a receita ideal para atingirmos o que realmente queremos em nossa vida e não precisar da ajuda de outras pessoas.

José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite