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O poder da morte!

  • Foto do escritor: José Tejada
    José Tejada
  • 18 de dez. de 2019
  • 2 min de leitura

Talvez a morte seja o acontecimento em nossa vida mais difícil de explicar e, em certos casos, também de entender.

Aliás, muitas vezes, temos uma dificuldade enorme de aceitar a morte por saber que é a única coisa em nossa vida que, efetivamente, não tem volta.

Quem já perdeu uma pessoa de que gostava muito, entende perfeitamente o que estou falando.

Logicamente, quanto mais gostarmos da pessoa que se foi, mais sentiremos a sua partida, independentemente, do aspecto de parentesco.

Também, acredito que seja muito mais difícil aceitar a morte oriunda de um acidente ou mesmo de uma casualidade. Sim! Pois sempre podemos pensar que essa pessoa podia ter escapado, ou seja, de não ter estado nesse lugar nessa trágica hora e assim por diante.

Porém, percebi, com o tempo, que o maior poder da morte é de tornar boas as pessoas. Verdade! Parece que quando a pessoa parte, todos os seus erros e imperfeições são simplesmente esquecidos.

Outro dia, um ex-vereador de minha cidade faleceu. Fiquei simplesmente impressionado com os elogios a esse vereador na rede social, mesmo sabendo que o mesmo havia sido preso tempos atrás por desvio de dinheiro público e que nunca prezou, efetivamente, pela sua integridade. Na verdade, os elogios simplesmente eram “tocantes”.

Pensei comigo: nada como morrer! A morte, em última análise, é muito redentora (risos).

O fato é que poucas pessoas têm algum senso crítico numa hora dessas, o que é até compreensível, pela situação.

Porém, tenho um amigo que consegue manter o seu senso crítico, mesmo perante a morte. Faz um tempo atrás, esse meu amigo perdeu um tio e acabei indo ao velório do mesmo, para consolá-lo. Assim que cheguei ao cemitério, dei os meus pêsames a ele. Ele me olhou e respondeu: Finalmente vamos descansar Tejada!

Olhei de volta com certa cara de espanto e meu amigo complementou: Tejada! Cai na real, o cara não era fácil, sempre estava querendo infernizar a vida de alguém! Graças a Deus chegou o dia dele!

Depois do acontecido, não pude evitar o riso e, por isso, abraçar meu amigo, por sua sinceridade absoluta. Esse fato jamais saiu de minha memória, essa é a grande verdade. Por isso, sempre analiso o legado da pessoa que se foi, independentemente, do aspecto emocional envolvido. Posso ser considerado muito frio nessa hora? Talvez, mas prefiro ser taxado de frio, ao invés de hipócrita (risos).














José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite

 
 
 

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