O processo de avaliação de desempenho na empresa incompetente!
- José Tejada
- 12 de out. de 2019
- 2 min de leitura
Atualmente, penso que seja, simplesmente, fundamental que qualquer empresa possua um bom processo de avaliação de desempenho.
Na verdade, considero o processo de avaliação de desempenho estratégico para uma empresa que almeja se destacar no mercado. De outra forma, não posso deixar de avaliar o desempenho de meus colaboradores, por uma simples questão estratégica, já que preciso colocar os meus melhores talentos nos postos estratégicos de minha organização, para que a mesma aumente, constantemente, a sua competitividade no mercado.
Em face disso, o processo de avaliação de desempenho deve ser considerado como um processo de melhoria contínua e não uma “caça às bruxas”. De outra forma, o grande objetivo de um processo de avaliação de desempenho é motivar as pessoas a melhorar o seu desempenho profissional.
O fato é que considero, hoje, imprescindível que uma organização avalie e monitore o desempenho de seus colaboradores, inclusive, estabelecendo uma cultura de avaliação de desempenho, já que o processo de avaliação de desempenho deve servir para que a empresa tome decisões acertadas sobre promoções, aumentos salariais, transferências e, também, demissões de colaboradores.
O mais “engraçado” é que nas empresas incompetentes, geralmente a chefia não gosta muito desse processo, pois não preza pela meritocracia em suas decisões, por isso, geralmente, preferem não avaliar o desempenho de seus colaboradores, afinal, para que mexer nesse “vespeiro”? (risos)
Porém, ouso questionar: como uma empresa pode promover ou aumentar o salário de um determinado colaborador, se não avalia o seu desempenho?
O mais paradoxal ainda é que várias empresas incompetentes avaliam o desempenho de seus colaboradores, mas não levam em conta isso, na hora das promoções ou aumentos salariais. Inclusive, algumas empresas,premiam esse desempenho,através de um diploma ou medalha, mas o reconhecimento fica por aí.Por isso, infelizmente, em uma empresa que não preza pela meritocracia, só existe uma maneira de ascender na hierarquia, que é ser muito “amigo” do seu chefe. Nesse aspecto, vamos falar a verdade; ser um bom puxa-saco, afinal o que vale nessa empresa é somente o fator pessoal ou político.
Aliás, como também já trabalhei em empresa pública, como funcionário concursado, eu pude constatar, com o tempo, que o fator político, não se verifica somente na empresa pública, onde, com certeza, ele, infelizmente, é predominante, ou seja, ele também vigora nas empresas privadas hoje em dia.
Por isso, infelizmente, numa empresa desse perfil, o valor do trabalho das pessoas mais competentes não será levado em conta, para a revolta dos mais talentosos que, com o tempo,inevitavelmente, ficarão desmotivados e procurarão outros caminhos.
O fato é que quando não valorizo os melhores, em detrimento de meus “amigos” puxa-sacos, a empresa sempre perde.
Além disso, o erro da chefia é achar que o puxa-saco é um amigo. Na verdade, o puxa-saco é, geralmente, um interesseiro de carteirinha e só vai fingir ser seu amigo, porque você tem um cargo importante; nada mais; por isso, muito cuidado, com as amizades no ambiente profissional, pois nem sempre o que parece ser, efetivamente é.
Também é interessante comentar que não tenho nada contra ter amigos no ambiente de trabalho, antes pelo contrário, mas que esses amigos sejam competentes, pois para a empresa sobreviver, ela precisa ter resultados positivos durante a sua existência, caso contrário, nem você que é chefe manterá o seu próprio emprego.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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