O que é que eu estou fazendo aqui?
- José Tejada
- 25 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Penso que todos nós, pelo menos, algumas vezes, em determinadas situações, nos fizemos essa pergunta mais do que inquietante.
Confesso que, em que muitas reuniões em empresas das quais participei, essa pergunta me veio à mente, várias vezes.
Preciso esclarecer que, a princípio, não gosto muito de participar de reuniões, pois a grande maioria é uma grande perda de tempo em todos os sentidos. São reuniões que não começam no horário, não tem pauta e, no final, não existem resoluções significativas (criativas) aos problemas, por ventura, apresentados.
Além disso, nas mais variadas reuniões, eu pude, infelizmente, perceber facilmente a verdadeira incompetência da liderança. Não é à toa que aquela frase maravilhosa de Lincoln continua muito atual: Às vezes, precisamos deixar em dúvida à nossa plateia se somos realmente idiotas, do que falar e proporcionarmos essa certeza à mesma.
Sinceramente, admito que essa não é uma das melhores sensações que se pode ter, pois, simplesmente, detesto perder o meu tempo, pois prezo (respeito) muito o mesmo.
Em função disso, procuro sempre organizar minha rotina, para que a maioria das tarefas que eu realize, agregue valor para a minha vida pessoal ou profissional. De outra forma, não jogo meu tempo fora, nem gosto de simplesmente deixar o mesmo escorrer pelas minhas mãos impunemente. O fato é que gosto de estar ocupado e me sentir verdadeiramente produtivo em todos os sentidos.
Infelizmente, muitas pessoas não prezam pelo seu tempo e, muito menos, pelo tempo dos outros. São pessoas que adoram deixar o tempo passar ou não se importam em perder impunemente o mesmo. A verdade é que se eu não valorizo o meu tempo, também não valorizarei o tempo das pessoas ao meu redor.
Por isso, quando uma pessoa faz questão de tagarelar comigo e eu não estou aprendendo nada, essa frase do título desse artigo, vem com toda a força em minha mente (risos).
Em um relacionamento é a mesma coisa. Algumas vezes, essa pergunta me assolou insistentemente, digamos assim.
Aliás, estou convencido de que uma relação amorosa precisa, necessariamente, acrescentar algo de valor para as duas pessoas. Uma relação madura deve se basear numa troca de conhecimentos e aprendizados, onde o casal cresce junto, aprendendo e ensinando um ao outro. Caso contrário, “o que é que eu estou fazendo aqui” vai ressoar na mente de alguém, com toda a certeza.
Por isso, com o tempo, aprendi que, quando minha mente, me fizer essa pergunta reveladora em todos os sentidos, eu obrigatoriamente, precisarei tomar uma decisão urgente, por uma questão de princípios, afinal a nossa vida é muito curta para que fiquemos perdendo tempo em atividades que não nos agreguem um real valor para a nossa vida como um todo.
Também, aprendi, amadurecendo com os meus erros, que o tempo é o nosso mais precioso recurso, pois ele, simplesmente não volta.
O mais importante é que devemos evitar a todo custo que esse grande questionamento participe de nossa vida com constância, pois isso pode indicar que estaremos investindo o nosso precioso tempo em atividades que não nos propiciarão resultados práticos em nossa vida, não agregando nada para o nosso futuro.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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