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O treinador de goleiros

  • Foto do escritor: José Tejada
    José Tejada
  • 31 de jan. de 2024
  • 2 min de leitura

Em minhas últimas férias na Bolívia, mais especificamente em Sucre, tive a oportunidade de acompanhar uma parte do treinamento de um dos goleiros do Club Independiente Petrolero, time da primeira divisão boliviana.

Sai para correr cedo em Sucre (sábado passado mais precisamente) e, como de costume, subi a Avenida del Maestro, chegando ao Estádio Olímpico Pátria. Dei a volta no complexo do estádio e vi algumas pessoas atrás de umas grades, acompanhando o treinamento desse time de futebol.

Em um dos cantos do gramado suplementar, estava treinando um dos goleiros. O treinador fazia-o correr até um cone dar a volta e chutava no canto oposto do gol. Era um treinamento de alta intensidade, pois percebi que o goleiro estava ofegante também, acredito, pela altura (Sucre está a 2800 m acima do nível do mar), sendo que ele não parava de correr e de se atirar para evitar o gol.

Mas, o que mais me chamou a atenção foi a cobrança do treinador. Ele sempre estava de cara fechada e dizia “Puedes mas!”.

Além disso, sempre estava corrigindo a posição das mãos desse goleiro e dando dicas de como ele poderia se atirar para fechar mais o ângulo do gol.

Percebi, com muita clareza, que esse treinador era extremamente exigente em todos os sentidos. E isso me fez lembrar muito meu saudoso pai, que, de fato, sempre me cobrou muito o tempo todo!

Hoje, consigo recordar de quase todos os seus ensinamentos (cobranças), apesar do tempo da sua partida (35 anos).

Ele sempre dizia que eu podia mais e não podia desperdiçar a minha inteligência (embora eu não me julgue inteligente até hoje). De outra forma, em hipótese alguma, ele queria que eu desperdiçasse a minha vida (o talento que ele via em mim).

Pensando nisso, o sentimento que me vem à mente é, primeiramente de extrema saudade e, também, de muita gratidão, pois, penso, que meu pai conseguiu me preparar, muito bem, para as dificuldades da vida que eu poderia enfrentar e me ensinou que as próprias estão aí, justamente, para serem superadas.

Acima de tudo, ele me ensinou que a vida é composta de desafios e que não podemos desistir daquilo que realmente queremos para a nossa vida (os nossos grandes sonhos).

A verdade é que aquele “Puedes mas!” ficou reverberando na minha mente praticamente todo o sábado passado em Sucre.

E você, meu prezado leitor? Reflita com sinceridade, você, pode mais?

 

 

José Tejada

 

Professor universitário, psicanalista, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite

 

 

 

 
 
 

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