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O árduo trabalho de um psicanalista

  • Foto do escritor: José Tejada
    José Tejada
  • 17 de ago. de 2022
  • 2 min de leitura

Sinceramente, preciso reconhecer que o trabalho de um psicanalista é extremamente árduo em todos os sentidos.

Como já escrevi anteriormente, o psicanalista precisa “mergulhar” no mundo inconsciente do seu paciente, onde se encontram todos os seus medos, traumas, fobias, frustrações, ou seja, na possível origem dos seus atuais problemas.

Na verdade, o psicanalista tenta montar o “quebra-cabeça” da vida inconsciente do paciente.

O fato é que o paciente vai dando pistas (peças do “quebra-cabeça”) da sua vida inconsciente, quando fala de seus problemas nas sessões. E o psicanalista tem a grande tarefa de montar esse “quebra-cabeça”, a fim de entender o comportamento (atitudes) de seu paciente.

Reparem que o psicanalista nunca julga e, sim, procura entender as decisões e comportamentos sob a ótica do paciente.

Durante a terapia, em cada sessão, o psicanalista vai juntando as peças desse “quebra-cabeça”, às vezes, muito complexo, do mundo inconsciente do paciente. É por essa razão que o psicanalista faz muitas perguntas, para poder descobrir a realidade do paciente.

Além disso, depois do final de cada sessão, o psicanalista analisa todas as informações obtidas, faz um balanço da sessão (evolução da terapia) e prepara perguntas específicas para a próxima sessão, a fim de continuar o seu processo de análise.

Logicamente, todo esse processo é muito desgastante para o psicanalista, pois exige um grande esforço mental em todos os sentidos.

Aliás, muitas vezes, o psicanalista acaba saindo extenuado da sessão, pois o excelente psiquiatra possui uma grande empatia por seus pacientes. Em função disso, todo psicanalista precisa ter o seu momento de descanso e relaxamento a fim de preservar a sua saúde mental.

Importante também ressaltar que o processo de psicanálise, geralmente, é longo, pois, muitas vezes, o paciente não consegue fornecer informações em quantidade suficiente (incompletas) nas sessões, ou seja, as pistas que o psicanalista espera para fazer o diagnóstico. Inclusive, algumas vezes, o paciente, inconscientemente, omite informações importantes do seu inconsciente, acionando algum mecanismo de defesa (negação).

O mais revelador é que com o tempo, o próprio paciente através de seu relato, pode ele mesmo encontrar as peças que estavam faltando em seu próprio “quebra-cabeça”. Por isso, que o processo de psicanálise é considerado o processo de cura pela palavra.

A realidade é que, talvez, o grande objetivo de um processo de psicanálise seja a de que o paciente melhore consideravelmente o seu autoconhecimento, o que é fundamental, em última análise, para o atingimento da sua catarse (cura).



José Tejada


Professor universitário, psicanalista, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite



 
 
 

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