Os “fantoches”

Em uma empresa onde a incompetência dá as cartas, certamente teremos a presença de chefes especialistas em manipuladores seus subordinados. Obrigatoriamente, nesse contexto, existirá uma proliferação de “fantoches” de todos os tipos, ou seja, das pessoas que serão usadas pela chefia para defender os seus interesses, às vezes, espúrios, diga-se de passagem.

Aliás, uma parte desses “fantoches”, devido ao seu alto grau de incompetência (não se esqueçam da lei da semelhança), simplesmente, não se dará conta de que está sendo usada ou manipulada pela chefia.

Porém, outros, com toda a certeza, estarão muito conscientes disso, mas como são puxa-sacos de carteirinha (interesseiros), não se importarão com a situação.

A realidade é que ninguém está livre de ser manipulado uma vez ou outra, porém, estar consciente dessa manipulação e não se importar com a situação me parece uma falta completa de dignidade ou autorrespeito. No fundo, eu não consigo entender como uma pessoa se presta a ser manipulada, ainda mais sendo consciente dessa manipulação.

Infelizmente, já vi muita gente deixando-se manipular, por puro interesse pessoal, ou seja, para obter alguma vantagem.

O mais interessante é que, às vezes, essa pessoa nem mesmo conseguia obter alguma vantagem da chefia, mas, mesmo assim, mantinha essa postura, pois não perdia a esperança em obter alguma recompensa, pelo seu comportamento, no futuro (risos).

O fato é que não é nada agradável trabalhar em uma organização, onde as pessoas não têm um autorrespeito ou onde a chefia não tem vergonha de manipular, sem nenhum pudor, os seus subordinados que são verdadeiros “fantoches”.

Além disso, numa empresa desse tipo, a chefia, com o tempo, perderá totalmente a sua credibilidade (se é que um dia teve a mesma), pois as pessoas começarão a se dar conta da realidade, afinal a incompetência nunca passa incólume.

O mais preocupante é que num ambiente desse tipo, o profissional talentoso não será reconhecido, afinal, quem tem talento tem autorrespeito e pensa por si próprio, além disso, quem é talentoso, em hipótese alguma, se presta a ser fantoche de alguém!

José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite