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Os incompetentes intocáveis

  • Foto do escritor: José Tejada
    José Tejada
  • 17 de jun de 2024
  • 2 min de leitura

Está em qualquer manual básico de RH que precisamos ter muito critério na hora de reduzir a equipe, ou seja, de demitir pessoas.

Logicamente, não é fácil desligar uma pessoa, mas isso pode ser uma questão até de sobrevivência da organização, principalmente, quando os resultados da mesma deixam muito a desejar.

O fato é que algumas vezes, precisamos “cortar cabeças” para permitir que a empresa possa sobreviver à “tormenta” (crise).

Consequentemente, precisamos cortar os menos talentosos (isso é óbvio, alguns já vão me dizer).

Só que nem sempre é assim, pois existe um fator político em quase todas as empresas e como estamos imersos em uma cultura que não preza muito pela meritocracia, muitas vezes, demitimos profissionais muito talentosos em vez de demitirmos os de pouco valor agregado, ou seja, os incompetentes.

Também é importante comentar que existem profissionais talentosos que pecam pelo comportamento e postura e, nesse caso a análise é diferente. Exemplificando; não posso permanecer com um profissional reconhecidamente competente, se ele não preza pela moral e ética, já que essa postura pode denegrir a imagem da empresa perante o mercado de uma forma quase irreparável muitas vezes. Porém, fora esse caso específico, preciso “aproveitar” essa oportunidade (dificuldade) para demitir os incompetentes. O fato é que toda a empresa possui colaboradores incompetentes, ou você não acredita nisso?

O pior é que, muitas vezes, com o intuito de proteger os seus “cupinchas”, o chefe acaba demitindo colaboradores talentosos e que, obviamente, vão fazer muita falta no presente e futuro da empresa. Isso, infelizmente, é muito frequente em quase todo o tipo de organização, já que temos uma cultura “amigocrática”, que não preza nenhum pouco pelo mérito ou talento (meritocracia).

Inclusive, o mais paradoxal é que, “algumas vezes”, a questão do mérito é até mesmo critério para a demissão, pois o mesmo gera muita inveja (até ressentimento) por parte dos “menos talentosos”, digamos assim.

Porém, isso sempre se converte em um “tiro no pé” de qualquer organização, ainda mais em período de crise e de acirrada concorrência, pois, com certeza, será muito mais difícil superar esse momento difícil, sem contar com os melhores talentos para fazer a diferença nesse momento decisivo. Isso é a mesma coisa que um time de futebol escalar os reservas ou os “protegidos” do treinador, deixando os melhores no banco, em um campeonato que pretende obter o título.

O mais “engraçado” é que, muitas vezes, os chefes preferem sacrificar a própria sobrevivência da organização, a fim de proteger os seus cupinchas incompetentes, sem pensar que isso pode se converter em um verdadeiro suicídio empresarial.

Aliás, como diz muito bem Maquiavel: “O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem a sua volta. Quem anda com porcos não pode estimar a ser uma águia.”

 


José Tejada

 

Professor universitário, psicanalista, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite

 

 

 
 
 

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