Os palhaços!

Já escrevi, algumas vezes, que gosto muito de ir ao circo. O circo me faz reviver meus dias de criança e precisamos, algumas vezes, despertar novamente a criança que habita em nosso interior.

Assim como o palhaço, a criança, geralmente, demonstra uma grande felicidade, independentemente das circunstâncias à sua volta, principalmente se os pais são carinhosos com ela. O fato é que percebo crianças muito pobres, passando por dificuldades de toda a ordem, porém, extremamente felizes e que carregam um sorriso simplesmente cativante.

Quando vamos ao circo, inevitavelmente, rimos muito dos palhaços que, geralmente, formam uma dupla. Um deles sempre sabe de tudo, ter um ar de “arrogante” e fica dando ordens para o outro que é todo atrapalhado e só cumpre ordens, como se fosse um empregado submisso.

Porém rimos muito, pois, quase sempre, o palhaço que é submisso se dá bem com relação ao outro que se julga superior.

Na verdade, rimos dos palhaços, pois são atrapalhados, tontos, desajeitados, descoordenados e, também, por seu humor simples e verdadeiro. Justamente por esse humor simples e verdadeiro, quase todas as crianças, simplesmente, adoram os palhaços.

Além disso, rimos, pois, no fundo, nos identificamos com eles, pois quem na vida, não se atrapalha de vez em quando ou é desajeitado em realizar algumas tarefas diárias ou mesmo, alguma vez, já foi muito ingênuo (tonto) em determinadas situações?

A realidade é que rimos muito, pois, subliminarmente, nos achamos parecidos com os palhaços. Rindo deles, rimos de nós mesmos, porque eles nos dizem a verdade sobre nós mesmos.

José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite