Os retardatários!

Em uma corrida de fórmula um sempre fazer o papel de retardatário é muito complicado, pois o mesmo precisa dar passagem ao corredor que vem atrás, já que esse corredor está com quase uma volta inteira de vantagem, ou seja, está muito mais rápido do que ele.

Porém, muitas vezes, o retardatário complica a vida desse corredor,não dando ou facilitando a passagem e até, algumas vezes, tirando o mesmo da corrida (risos).

Logicamente, ninguém gosta ou quer ser um retardatário, mas toda a empresa tem, pelo menos, alguns retardatários, com toda a certeza.

Na verdade, quanto mais incompetente for a empresa, maior será o número de retardatários presentes (risos).

Explicando melhor; um retardatário corporativo é aquele colaborador que sempre está atrasado com o seu trabalho, pois, inevitavelmente,deixa literalmente tudo para a última hora, ou seja, ele simplesmente nunca planeja a sua rotina diária.

Como existe uma relação de interdependência entre todos os departamentos de qualquer empresa, os retardatários são extremamente prejudiciais em todos os sentidos, essa é a verdade, já que eles não prezam pela excelência e acabam atrasando o trabalho dos mais talentosos que querem fazer as coisas acontecer.

Voltando ao caso de uma corrida de fórmula um, o retardatário corporativo é aquele corredor que, simplesmente, não dá passagem para os mais velozes ou mais talentosos e competentes, por isso acaba afetando a competitividade da empresa como um todo, embora alguns chefes incompetentes não percebam isso!

Em uma empresa pública em que trabalhei, vivenciei isso na própria pele. Alguns colegas meus queriam fazer acontecer, mas a maioria dos retardatários que estava em cargos estratégicos, não dava passagem para que o trabalho fosse feito com excelência, ou seja, esses retardatários acabavam prejudicando todo o processo administrativo, independentemente do setor envolvido, por questões de caráter pessoal ou político.

Por acaso, na sua empresa você conhece algum colaborador com esse perfil? Aposto que sim (risos).

O fato é que seria simplesmente maravilhoso trabalhar em uma empresa em que todos os colaboradores fizessem bem a sua parte, mas isso, infelizmente não acontece e alguém tem que fazer o trabalho que está pendente ou deixou a desejar, ou seja, o famoso retrabalho.

O problema é que se eu não planejar meu trabalho, eu nunca atingirei uma excelência em termos de qualidade, pois não terei um tempo adequado de fazer um trabalho com esmero e cuidado.

Por isso, como gestor, eu preciso de todas as formas, tentar reduzir ao máximo o contingente de “retardatários” de minha organização, pois, caso contrário, minha competitividade estará seriamente comprometida.

José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite