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Os troféus e as inevitáveis lembranças!

  • Foto do escritor: José Tejada
    José Tejada
  • 29 de dez. de 2021
  • 3 min de leitura

Desde quando eu ainda morava com minha mãe, ela insistia que eu deveria encomendar uma estante sob medida (fechada com vidro) para acomodar todos os meus troféus de tênis, pois dava muito trabalho para tirar o pó de todos eles.

Mas, eu não dava muita bola, pois quem limpava os troféus era a nossa faxineira (pobre coitada, diga-se de passagem). É por isso, também que sumiam, de vez em quando alguns troféus, misteriosamente, eu diria. Logicamente alguns caiam, quebravam e para não deixar pistas do acontecido, os mesmos sumiam (risos). Mas tudo bem, isso faz parte, eu diria.

Só depois de morar sozinho, resolvi finalmente, fazer uma estante sob medida (fechada com vidro) para acomodar os troféus. E pasmem, minha mãe (como sempre) tinha a mais absoluta razão, pois os troféus ficam bem protegidos do pó, reduzindo muito o trabalho de limpeza.

Talvez o mais interessante seja analisar a reação das pessoas que veem essa estante pela primeira vez.

Eu diria que os sentimentos são os mais diferentes em todos os sentidos.

Por exemplo, quando esteve aqui em casa um amigo tenista, ele ficou como uma criança prestando atenção a cada troféu e medalha. Ele me lembrou um menino numa loja de brinquedos.

Por outro lado, minha ex-mulher, simplesmente, odiava essa estante e todo e qualquer troféu, eu diria. Ela dizia com muita raiva: Isso é uma autoidolatria da tua pessoa! As pessoas entram aqui e ficam olhando isso! Penso que o sentimento da minha ex-sogra era o mesmo (risos).

Hoje, como estava em casa e estou de férias da universidade, resolvi tirar o pó e lustrar todos os troféus para entrar 2022 com o pé direito, digamos assim.

É claro que, quando limpo os meus troféus, afloram os mais diferentes sentimentos e lembranças (isso sempre, de alguma forma, ainda mexe muito comigo).

Por exemplo, hoje me recordei de um torneio que venci jogando dupla com o meu pai. Eu tinha entre nove e dez anos de idade e me recordo, até hoje, da nossa vitória na final. Penso que foi um grande privilégio fazer uma dupla com o meu pai, que, sem dúvida nenhuma, foi o meu maior incentivador e mentor.

Aliás, lembrei-me do jogo e das dificuldades e, também, que chorei de alegria, por ter vencido, com o meu pai, aquele torneio. Penso que foi uma das poucas vezes que realmente chorei de alegria; disso eu não me esqueço.

A verdade é que limpando os troféus, fui recordando de jogos que venci e como foi difícil e complicado obter aquelas vitórias. Olhava determinados troféus e me recordava das dificuldades, do esforço, da dedicação e de toda a superação envolvida.

O fato é que a grande maioria dos meus troféus carrega poderosas lembranças que ainda, apesar do tempo, permanecem na minha mente, pois envolveram emoções muito fortes, eu diria.

Mais do que isso, penso que somente quem está na quadra competindo pode ter uma noção dos sentimentos envolvidos numa disputa esportiva.

Mas, o mais interessante é que nem sempre a beleza do troféu traduz a sua real importância. Por exemplo, eu tenho medalhas que são mais valiosas do que qualquer um dos meus troféus que eu tenha conquistado, eu diria.

Hoje, também me lembrei de alguns parceiros de duplas. Inclusive, eu enviei umas fotos para um deles e, acredito que ele tenha ficado muito feliz. Na quadra, eu diria, podemos fazer amigos para a vida inteira e inimigos também (risos).

Por isso, hoje, limpando os meus troféus vários sentimentos me assaltaram como satisfação, alegria, felicidade, gratidão, conquista, etc.

Porém, com certeza, o sentimento mais forte foi o de uma grande saudade em todos os sentidos.

Saudade da minha juventude, onde eu me encontrava no auge da minha forma física em todos os sentidos.

Penso que essa sensação me mostrou que precisamos aproveitar com toda a intensidade, principalmente, a nossa juventude, pois, como quase todos os adultos me diziam à época: Só temos uma vez na vida vinte anos! Aproveite!

Além disso, limpando os troféus hoje percebi, mais uma vez, como a nossa vida passa rápido em todos os sentidos e, muitas vezes, não nos damos conta desse fato. A passagem do tempo é definitivamente inexorável! E o mais importante é viver com intensidade.

Na verdade, o que conta, mais do que qualquer troféu são as emoções envolvidas, pois essas me parecem eternas.




José Tejada


Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite


 
 
 

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