Paz de espírito!

Como é prazeroso (aprazível) em nossa vida, quando vivenciamos a paz em nosso espírito!

Verdade. Aliás, penso que estar em paz com o nosso espírito nos proporcionará uma real felicidade em todos os sentidos.

Logicamente, o que se entende por paz de espírito vai ser muito particular, ou seja, vai variar de pessoa para pessoa.

Em função disso, vou escrever sobre o que me proporciona uma verdadeira paz de espírito em minha vida.

Inicialmente, para mim, paz de espírito começa quando tentamos, isso mesmo, tentamos fazer sempre o nosso melhor (realizamos a nossa missão de vida (propósito)).

Logicamente, existirão dias que, infelizmente, não vamos conseguir realizar o nosso melhor, ou trabalhar com 100 % da nossa capacidade (dar o nosso máximo), porque, afinal, somos seres humanos e cometemos erros aqui e ali (ninguém é perfeito).

Por isso, precisamos ter em mente que, se quisermos ser perfeitos, jamais teremos paz de espírito, afinal, a perfeição simplesmente não existe (é utópica e inalcançável).

Além disso, a perfeição nos tornará extremamente críticos com tudo e com todos e isso, com certeza, minará “boa parte” dos nossos relacionamentos, afinal, o “perfeito” cobra dos outros, também uma perfeição (muito chato).

Mais do que isso, essa busca obsessiva pela perfeição fará com que esqueçamos de agradecer (ter gratidão) por tudo aquilo que conquistamos ou realizamos em nossa vida (independentemente do tipo e tamanho das nossas realizações)!

E, talvez, o mais triste é que essa obsessão pela perfeição, fará com que não aproveitemos os nossos melhores momentos com a intensidade merecida, afinal, sempre estaremos esperando algo melhor (perfeito) e nos cobrando e cobrando dos outros isso. De outra forma, como somente almejamos coisas perfeitas (vida perfeita), estaremos, a maior parte do tempo da nossa vida, insatisfeitos com alguma coisa (com algum aspecto da nossa vida).

Portanto, penso que estar em paz com o nosso espírito, é entender que nenhuma vida é definitivamente perfeita (por mais bem-sucedida que seja) e que a verdadeira felicidade é almejar cada dia ser uma pessoa melhor (aceitando as nossas imperfeições), fazendo o bem (sem ver a quem) e, também, aproveitando, com a maior intensidade possível, os momentos de alegria que a vida pode nos proporcionar e que, muitas vezes, são gratuitos (um encontro inesperado, um sorriso largo, um elogio, um abraço, um beijo apaixonado, uma recordação agradável, etc.) 

José Tejada

Professor universitário, psicanalista, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite