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País dos erros conscientes

  • Foto do escritor: José Tejada
    José Tejada
  • 21 de mai. de 2021
  • 2 min de leitura

Já faz um bom tempo que estudo ética e isso, com certeza, foi uma das melhores coisas que aconteceu em toda a minha vida, pois estudar ética, simplesmente, me proporcionou refletir, antecipadamente, sobre todas as minhas decisões e atitudes. Mais do que isso, estudar ética me fez muito mais consciente dos meus próprios erros e limitações como ser humano.

Logicamente, como comento com meus alunos nas aulas da universidade, ninguém é 100 % ético. Isso quer dizer que, em algum momento, vamos “escorregar” em algum aspecto, pois, efetivamente, não somos perfeitos, essa é a grande verdade! Em função disso, uma pessoa ética é aquela que tem a grandeza de, em primeiro lugar, reconhecer (assumir) os seus próprios erros e, na sequência, fazer de tudo para corrigir os mesmos, na medida do possível.

A verdade é que a pessoa ética aprende com os seus erros e tenta, de todas as formas, não repeti-los em sua vida! Particularmente, considero uma grande sabedoria aprender com os próprios erros, pois a maioria das pessoas não consegue tirar grandes lições dos seus erros e fracassos, pois não tem humildade para isso.

O fato é que muitas pessoas jamais são capazes de reconhecerem os seus próprios erros, muito menos, pedir desculpas pelos mesmos, pois prezam pela arrogância e falta-lhes grandeza.

Aliás, um grande exemplo de grandeza foi proporcionado pelo nosso papa Francisco, que em uma missa dominical no Vaticano, pediu para as pessoas rezarem por ele, pois ele tinha muitos pecados. Ele disse: “Não pensem que não tenho pecados, pelo contrário, por isso, peço que rezem muito por mim”.

A realidade é que, como muitas pessoas não têm a possibilidade de estudar ética, elas acabam cometendo muitos erros em sua vida, por pura falta de conhecimento, o que é perdoável, pois se eu erro e não tenho consciência disso, eu acabo sendo “inocentado” pela ética.

Agora, o que mais me preocupa em nossa sociedade são os erros conscientes. Por exemplo: eu sei que não posso dirigir alcoolizado, mas bebo e pego a direção do meu carro ou, eu sei que preciso usar máscara na rua para proteger a mim e as outras pessoas, mas saio de casa sem máscara.

Muitas mães sabem que prejudicarão enormemente seu filho (a), mas, mesmo assim, praticam a alienação parental, por raiva ou ressentimento do ex-marido.

Percebo, também, no trânsito, pequenas infrações todo o tempo, mesmo as ruas estando bem sinalizadas “algumas” pessoas ignoram as regras deliberadamente.

Mesmo em empresas, já vi muitos chefes prejudicarem ou perseguirem deliberadamente seus “desafetos”, por serem muito talentosos, já que os mesmos não gostam nenhum pouco de “sombra”. A verdade é que o ambiente corporativo, de uma forma geral, tem, geralmente, a presença de muita vaidade, ciúme e inveja, infelizmente.

Todos esses exemplos caracterizam pessoas que, conscientemente, sabem que estão erradas em seus comportamentos (atitudes), mas, mesmo assim, não são capazes de mudar os mesmos. O mais “interessante” é que a maioria dessas pessoas ainda por cima, faz questão de posar de correta (ética), ou seja, é hipócrita por natureza.

Analisando a nossa sociedade atual, penso que, infelizmente, de uma forma geral, estamos nos tornando o país dos erros conscientes.




José Tejada


Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite




 
 
 

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