Pré-consciente, consciente e inconsciente
- José Tejada
- 19 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
Esses três elementos são considerados pela psicanálise o “hardware” de nosso aparelho psíquico.
O consciente está ligado ao nosso dia a dia, à nossa rotina, às nossas sensações diárias (cinco sentidos).
Já o pré-consciente se compõe dos conhecimentos e memórias que uma pessoa pode acessar facilmente (senhas, números de documentos, dados pessoais, etc.).
Finalizando, o inconsciente é onde se encontram todos os nossos traumas, medos, fobias. Ali, tudo está guardado, ou seja, não pode ser apagado; o inconsciente seria o HD da nossa psique.
O mais revelador é que as pessoas têm a tendência de jogar tudo que não gostam; suas experiências mais traumáticas para o inconsciente. Porém, tudo o que se encontra no inconsciente está “esperando” o momento certo para “via à tona” através de um gatilho.
Na verdade, a todo o momento, o inconsciente quer trazer algo para o consciente em nosso dia a dia. Por exemplo; depois de sofrermos um acidente automobilístico, podemos nos “recuperar” e continuar a andar de carro normalmente. Porém, sempre que presenciarmos algum acidente, essa lembrança virá à tona com toda a certeza; inclusive, provavelmente, vamos reviver toda aquela experiência. Isso comprova que muitas coisas que temos medo e queremos de todas as formas evitar, estão guardadas em nosso inconsciente prontas para emergir a qualquer momento.
A psicanálise recomenda que para superarmos os nossos traumas, fobias e medos precisamos ter a capacidade de encararmos de frente o que se encontra em nosso inconsciente.
Aliás, muitos comportamentos são explicados pela ação de nosso inconsciente em nossa rotina diária. Inclusive, muitas vezes, nem mesmo nos questionamos com relação a esses comportamentos, pois eles se originaram em nosso inconsciente (piloto automático).
Em função disso, é muito importante saber o que se encontra em nosso inconsciente. Essa é uma busca que o psicanalista vai ajudar o paciente a fazer a fim de que o mesmo possa se curar dos seus medos, fobias e traumas, alcançando a catarse dos mesmos no processo de terapia.
Para exemplificar, um exemplo de catarse seria a aceitação da morte de uma pessoa muito querida. Nessa catarse, o sentimento de saudade dessa pessoa deixaria de machucá-la, ou seja, ela poderia conviver de uma forma tranquila e serena com relação a esse sentimento e, principalmente com relação à falta dessa pessoa em sua vida.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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