Reciprocidade!
- José Tejada
- 29 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
No dicionário, reciprocidade significa correspondência mútua (de parte a parte).
O fato é que, quase nada, resiste a uma falta de reciprocidade. Aliás, praticamente, toda relação exige um mínimo de reciprocidade, pois, caso contrário, ela irá, inevitavelmente, se desgastar com o passar do tempo. E isso vale tanto para o aspecto pessoal, como profissional.
A verdade é que a reciprocidade nos mostra que cada pessoa, dentro de uma relação, precisa pensar no outro, se ela objetiva que a mesma frutifique. Não há como ser diferente, pois se somente uma pessoa se dedica à outra, um dia essa pessoa vai se cansar e, provavelmente, a relação estará com os seus dias contados.
O mais interessante é que mesmo havendo sentimento (amor) na relação se a mesma não tiver alguma reciprocidade, penso que ela estará condenada ao fracasso.
O complicador é que estamos inseridos em uma sociedade individualista, onde as pessoas pensam em primeiro lugar no seu interesse próprio e ponto final! É o que acontece no trânsito, cada motorista quer ter a preferência (eu primeiro!).
Todo esse contexto social acaba influenciando, tanto as nossas relações pessoais, como profissionais.
No aspecto profissional, vejo chefes que são individualistas por excelência, ou seja, só pensam em si próprios, não se importando em manipular os seus subordinados para que os seus interesses sempre prevaleçam na organização. O que esses chefes ignoram é que os seus subordinados, mais cedo ou mais tarde, se darão conta disso e o vão boicotar (retaliar) de uma forma sutil, mas permanente.
De outra forma, os subordinados perceberão que, como não existe qualquer reciprocidade por parte do chefe, eles não mais vão se dedicar com afinco ao seu trabalho como anteriormente, ou seja, a desmotivação, provavelmente, tomará conta dessa equipe.
Já no contexto das relações pessoais, vejo, por exemplo, alguns casais que somente um está de corpo e alma na relação. E o pior; atualmente, infelizmente, percebo que, na maioria dos casais, nenhum está realmente de corpo e alma na relação, ou seja, a reciprocidade é simplesmente nula. Penso que são casais que se acomodaram com o tempo na relação (ruim com, pior sem) pelas mais diversas razões (bens, dinheiro, filhos, etc.).
Porém, o tempo (a vida) vai passando e acredito que sempre precisamos buscar a nossa felicidade, pois a pior coisa que nos pode acontecer é nos acostumarmos com a infelicidade.
Aliás, tenho um pensamento de que nenhum ser humano nasceu para ser infeliz, porém, algumas pessoas, não têm a verdadeira coragem de lutar pela sua felicidade, talvez, por medo, receio, insegurança ou mesmo falta de autoestima.
Acima de tudo, precisamos ter em mente de que temos um papel em cada relação (pessoal ou profissional) e que necessitamos pensar no nosso(s) parceiro(s), se quisermos ter qualidade nessa relação.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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